CAMINHOS DA PANDEMIA PARTE II

Segue a “criatura” (Eu) de máscara num passo cuidadoso, respirando calmo, observando e divagando como de costume. Ao entrar na Avenida Borges de Medeiros, sob o viaduto Otávio Rocha, encontra um olhar que vem ao contrário. Identificação imediata com a amiga que vinha também apressada. Os olhos se cruzam e sorriem. Se alegram pelo encontro. Uma vontade grande de um abraço, que por consciência acabou não acontecendo, mas um papo com uma cautelosa distância se inicia bastante empolgado. Ambos falando sobre a pandemia e a falta que fazia o convívio, aquela cerveja no fim de tarde com os amigos, entre outras alegrias... Uns cinco minutos depois, já na despedida, falam seus nomes e não param mais de rir...

Eu não era quem ela pensava e ela também não era quem eu imaginei que fosse...

O importante é que as máscaras se reconheceram, ou os olhos... Histórias das caminhadas de uma pandemia... Seja quem for já gosto!

Ernesto Braga
Enviado por Ernesto Braga em 16/05/2020
Reeditado em 16/05/2020
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