PERDER TEMPO...

Em roda de amigos onde não se fala de política não há incômodos. Não se perde tempo com que não traz deleite.

Pergunto, há deleite em se tratar de política? Há benefício na discussão do que cuida de parcialidade? A política surgiu para servir o interesse de todos, mas nunca se voltou realmente para essa finalidade.

Cícero confidenciou ao seu escravo Tiro, seu secretário que inventou a taquigrafia, ser o primo e filósofo Lúcio um idealista, por isso não compreendia que política não existia para fazer justiça, mas para ser profissão.

O grande mestre Paramahansa Yogananda, ensinou: “Não desperdice seu tempo com coisas vãs”. São assim os que tratam de política e, principalmente os políticos. E seus seguidores fundamentalistas, que sempre tropeçam em suas próprias pernas, em contradita eloquente, chegando a promoverem a própria derrubada de suas liberdades, compreende-se,lhes faltam alternativas de discernimento. Alguns soerguem quando se adiantam em "logos" singelo. Combater a própria liberdade é a maior barreira para conhecer minimamente universalidades.

Conheço pessoas assim, me apiedo delas, esqueceram o “deleite de quando foram crianças”, essa alegria pode ser posta em prática sempre, basta não tratar de coisas fúteis, como política ideológica partidária e voltar-se para o fundamental; nossas vidas e suas origens de felicidade.

Falta sedução para o que enriquece, livros satisfatoriamente lidos, não basta ler e não entender.

Política teria lugar de destaque se cumprisse seus objetivos. Teria forma se respeitasse sua formalidade.

A forma nunca pode ser vazia, a forma incorpora seus fins como a natureza em suas várias matérias. A forma é material, qualquer vazio é imaterial, é assim a política, vazia.

A política continuará a mesma, quem quiser perder as boas coisas da vida, se ocupe dela, Quem dela se ocupa nada tem mesmo a ganhar, só os políticos profissionais, e os velados não têm embocadura para enxergarem isso.

A verdade não nasce teoricamente, e é sempre relativa, mesmo em investigação puramente filosófica, antes é correspondência exata com a realidade. A política é irreal...

A verdade suprema é o estado de consciência de entrega do sentimento, que em homens sérios e com formação nunca se alinhará com política alguma.

A politica é o centro dos grandes desvios humanos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/05/2020
Reeditado em 16/05/2020
Código do texto: T6949122
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