O homem e o suco de laranja
Certo dia, um homem de pele morena e cabelo crespo acordou. Seu desejo naquele dia era tomar um suco de laranja. Foi até a cozinha, procurou pela jarra de suco em meio a bagunça da louça e, finalmente a achou. Para seu azar, estava suja. Ontem tinha dado uma festa com seus amigos, comprou doces e salgados na padaria perto de sua casa, foi no mercado comprar os pratos descartáveis, pois não gostava de lavar louça e seus amigos também não o ajudariam. Chegando em casa, ainda ontem à noite, viu que seus amigos estavam bebendo e não tocaram na comida. O homem fica triste, pois parece que as pessoas não se importam com ele, com o quanto ele se esforça para agradar as pessoas. Ao término da festa, foi dormir sem pensar no dia seguinte, afinal tinha sido uma festa de sábado, e domingo geralmente não se preocupava com o que iria fazer. Ao acordar, e ver que a louça estava suja e toda bagunçada decide tentar lavar. Estava sem água. Mas ele quer muito tomar o suco de laranja. Então, ele pega um pano e vai tentar lavar a jarra. Esfrega durante um tempo e acontece algo. Ele se corta, pois a jarra estava com um pedaço da ponta quebrado, ele não notara. O sangue começa a escorrer da palma da sua mão, então o rapaz decide fazer um curativo. O homem pega um pano e enrola na palma da mão, fazendo um tipo de torniquete. Sua mão direita estava cortada. Com a mão esquerda com o pano para limpar a jarra, e a mão direita na alça, ele passa o pano nas bordas. Cortou a mão esquerda. Amarra na mão esquerda e agora está com lesões nas duas mãos. Mas ele quer muito tomar o suco de laranja. Pega a jarra como está, corta as laranjas e as espreme. Faz isso com umas 5 laranjas e pronto. Seu desejo está concluído, o homem fica contente, parece gostar da sensação de ter feito o suco, mesmo tendo coletado algumas feridas no meio do caminho, este homem têm histórias. Ao tomar o suco, sente-se satisfeito, mas o gosto não é bom, supõe que não lavou direito a jarra. Vai dormir, era por volta das quinze horas da tarde, mas não estava passando bem. Deita na cama. Adormece. O homem sente-se infinito pela primeira e quem sabe, última vez.