Vim parar aqui
Em uma viagem rotineira de domingo, voltando da discoteca, meus amados John e Mary estavam estranhos. Primeiro, me deixaram numa vaga em um lugar desconhecido para mim. Fiquei com medo! Era a primeira vez nesse ano que eles demoraram. Eu, estava com frio e sozinho, senti até falta da minha garagem. Meu casal costumava me dar atenção na pausa para o lanche e para o banheiro. Já era de nosso costume ficarmos em frente à vitrine daquele estabelecimento, e, depois de algumas muitas, iniciávamos nosso tradicional ritual amoroso. Ambos entravam em mim ligavam minha parte mais excitante, meu som! Namorávamos e ríamos; era a felicidade das tardes dominicais. Um triângulo perfeito!
Mais cedo, eles não estavam alegres, acho que só fomos por hábito. Todos esses acontecimentos me deixaram abatido… Eu estava com eles, mas, me sentia muito solitário, principalmente na volta para casa. Voltavam calados e sem o sorriso de sempre, suas expressões eram feias, na linguagem deles significava “estar sob o efeito do álcool”, mas para mim, chamava-se tristeza mesmo.
Quase chegando em casa, Jonh cochilou e Mary já estava fazendo o mesmo há alguns minutos. Tudo aquilo me deixou para baixo e resolvi me desligar. Para que eu ligasse novamente, só se alguém pisasse no acelerador. E aí, comecei a sair do asfalto, bati numa serca e meus amados acordaram. Meu velho tentou frear, mas eu sou teimoso e só ligaria se ele acelerasse, para em seguida frearmos juntos. John acelerou e eu fiquei muito feliz, tão feliz que vim parar aqui! Como você se chama mesmo Dona Piscina?