Na fazenda

Tenho um tio que tem uma fazenda, num lugar lindo, no sertão central do Ceará. Ele transformou um local pobre e seco, em um espaço maravilhoso, com muito amor e dedicação. Sempre que posso eu vou com ele fazer os meus retiros espirituais, assim como fiz neste final de semana que passou. Eu gosto tanto de filosofia que coloco em tudo o que faço, falo e escrevo uma pitada dela, mas desta vez eu vou me esforçar para ficar bem ligado ao orbe, em minha percepção, sentimento e escrita.

Quando saímos daqui para o nosso destino, eu já sabia que desta vez a casa estaria cheia de convidados, eu teria que estar bem ligado para poder interagir da forma apropriada com o ambiente e as pessoas que estavam no local, a convite do primo e do tio. Foi, no entanto, uma surpresa, quando chegamos à fazenda e encontrei um conhecido. Apesar de conhecê-lo há algum tempo, nunca tínhamos parado para conversar realmente. Desta vez, no entanto podemos nos conhecer melhor.

Célia, minha esposa, a esposa dele, ele e eu nos demos muito bem. Ele foi á trabalho e nós aproveitamos para acompanhar o seu serviço e conhecer melhor a cidade mais próxima, aonde ele iria executar o seu labor. É incrível como o nosso relacionamento, entre seres humanos, transcende a todos os limites físicos. Conseguimos expressar entre nós tal afinidade que parecia nos conhecermos há longa data. Na volta da cidade fomos para a represa da fazenda, tomar banho e pescar.

Tomamos banho e nos divertimos bastante. Os primos juntos neste momento. Falou-se em pescaria e um dos primos disse que era difícil conseguir pescar alguma coisa realmente naquelas bandas. No dia seguinte fomos novamente, na represa, mas com a idéia de pescar efetivamente. O amigo e a esposa pescaram quase vinte peixes, contrariando em muito a palavra do primo, para a felicidade do casal e a nossa diversão. Tiramos fotos, ele limpou os peixes e nós voltamos para Fortaleza.