PANDEMIA VERSUS JORNADAS ESPORTIVAS
 

O mundo esportivo parou de fazer barulho, as torcidas, em geral, silenciaram e não foram mais aos palcos esportivos para ver seus times preferidos dando lindos espetáculos nas suas praças de disputas, visando à conquista de títulos, justamente por estarem impedidos de fazê-los, temporariamente, por causa da inesperada expansão e letalidade cruelmente universal dessa pandemia.
 
As jornadas esportivas de todo o mundo conhecido sumiram de cena e as estrelas do futebol que normalmente brilhavam em campo foram ofuscadas pela necessidade de ficarem concentradas em suas casas, cumprindo o isolamento social que lhes foi recomendado.

Todo o mundo esportivo parou e deverá começar a se movimentar, ainda com algum sobressalto, somente a partir do momento que essa pandemia passar.

Por causa dela, ou melhor, por causa do seu efeito devastador não se ouve mais falar de National Basketball Association ou Associação Nacional de Basquetebol, mais conhecida como a NBA, que é a principal liga de basquetebol profissional da América do Norte; não se fala mais de FIFA que é a Federação Internacional de Futebol Associação, nem de UEFA que é a União das Associações Europeias de Futebol, nem de Champions League que é a badalada Liga dos Campeões, muito menos de Europa League, que é a Liga Europa, uma espécie de série B da UEFA.

Há já algum tempo, não se fala do nosso campeonato tupiniquim de futebol profissional nas versões A, B, C e D, coordenado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), assim como não se fala da necessária sequência de todos os campeonatos regionais, nem da realização da tão propalada Copa Libertadores da América, coordenada pela nossa coirmã a CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de Futebol) e, como se vê, todos esses seguimentos esportivos também sumiram de cena, sem a mínima previsão de retorno.

Até as torcidas organizadas de todo o país que sempre fizeram barulho dentro, fora e no entorno dos estádios e tem escrito seu nome no cenário esportivo como divulgadoras da alegria e efetiva manutenção dessa tradicional modalidade esportiva nacional denominada futebol, também silenciaram.

Espera-se que tão logo a situação esportiva do Brasil e do mundo voltem ao normal, as torcidas organizadas também voltem ao estado em que as coisas estavam antes da guerra, entendendo também que elas poderiam voltar mais bem organizadas que antes.

Ainda é de se esperar que todos seus integrantes, a começar pelos seus dirigentes e, por extensão, os seus comandados, que eles cheguem a um consenso recíproco e entendam, de uma vez por todas, que o campo de jogo não é um campo de guerra; nem os torcedores dos times adversários, tanto os de dentro dos estádios, quanto os que estiverem fora deles, podem ser considerados seus "inimigos mortais", pois, querendo ou não, eles são apenas torcedores iguais àqueles que integram os seus respectivos grupos organizados, portanto, eles devem ser respeitados, reciprocamente, como cidadãos e seres humanos que os são.

Na atual conjuntura, em razão da ausência de todas as torcidas nos estádios, visando à  motivação de seus times de coração no campo de jogo, é possível perceber que o placar dessa batalha está totalmente favorável para o sistema de jogo empregado pelo estreante e fortíssimo adversário chamado coronavírus, nessa sua nova versão conhecida como Covid-19, mas, se ficarmos bem atentos, para com o seu estilo de jogo, ele não sairá vitorioso.

Nota-se, em razão dos resultados desastrosos proporcionados por sua atuação sinistra por onde tem passado nesses últimos meses, que ele está se sentindo muito convencido em campo, mas esse jogo irá virar a qualquer momento. 

Portanto, se nos dispersarmos absurdamente, deixando de seguir as regras comportamentais recomendadas para com o convívio de nossos "atletas" em suas concentrações, bem como se não colocarmos em prática todas as jogadas ensaiadas que nossos técnicos da saúde nos têm determinado e outras que porventura possam chegar, fatalmente, iremos continuar em desvantagem no placar.

Avante, meu povo!  

Não podemos perder a esperança, porque esse jogo já está terminando e não será um vírus forasteiro que, provisoriamente, se instalou entre nós que irá nos vencer com certa facilidade.

Nossa vitória dependerá muito de nossa atenção e de grandes cuidados para com a detecção de sua forma invisível de nos atacar e de sua efetiva proliferação. Portanto, é necessário que nos previnamos da melhor forma possível, evitando-se, assim, que o adversário crie corpo, nos supere no campo de jogo e queira nos vencer de goleada.