O meu primeiro livro que não li

Em tempos de quarentena não há muito para fazer, é só acordar-comer-dormir. Se fosse pra resumir a quarentena, esse seria o meu resumo.

Estava eu a arrumar o meu quarto, pois, aquele cenário parecia com o fim da II Guerra Mundial, tudo estrambelhado, "mais que desarrumado". Cadernos em baixo da cama, sapato sobre o computador, em fim, era uma catástrofe. Enquanto eu arrumava o quarto, um livro, que a muito haviam oferecido a minha pessoa estava a espreita e, a espera que os meus olhos dessem a ele atenção.

Olhei para o livro e, foi quando o espanto decidiu visitar o meu ser porque, eu pensava que havia deitado o livro pois, eu era uma pessoa que não gostava de ler livros e nem conjuntos de letras que tinham mais de duas linhas. Foi quando disse eu para o livro:

- Pensei que você já não existisse.

Eu não queria acreditar que aquele livro ainda estava no meu quarto. O estado cansado e desgastado do livro, faziam parecer que, ele dizia o seguinte pra mim:

- Que azar, encontrei-me de novo com o meu dono, aquele que, no seu quarto deixou-me à outrance, como se eu fosse alguma espécie de roupa antiga que, já não fosse mais usar.

Aquele estado do livro, fez com que eu me arrependesse, pois eu não devia fazer aquilo com o livro.

Moral da Crônica: Se tiveres um livro e não quiseres ler, conserve-o bem pois, temos que cuidar bem dos nossos pertences. Antes de deixar à outrance em qualquer canto da casa, é de mais valia oferecer a alguém que queira fazer um bom uso do mesmo.

Stélio Cuambe

14 de Maio de 2020

Stélio Cuambe
Enviado por Stélio Cuambe em 14/05/2020
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