Tapioca mordeu beiju
SEJAMOS francos, não podemos nos ater somente à pandemia e à crise política. Tudo bem, concordo que quem escreve precisa refletir sobre o momento por que vive o seu país e o mundo. Mas ficar o tempo todo limitados somente a esse samba de uma nota só, cansa, entedia, enche o saco. Seria melhor atualizar todo dia os escritos, com notas de rodapé, pastilhas, atualizações.
Acho, ainda, que ficar remoendo a solidão e tédio do confinamento também cansa. É o Lado B do disco do samba de uma nota só. Talvez eu esteja errado querendo forçar uma opinião pessoal. Mas parem um pouco e reparem bem como estamos nos repetindo. Vou até ser mais chato (se isso é possível): estamos replicando e repetindo oque é noticiado pela tevê, jornais e redes, repetindo oque se noticiou no dia anterior. Ora, todo mundo já sabe o que aconteceu, que novidade há em repetir a notícia? Alguém há de responder: - Dar a sua versão sobre os acontecimentos. Certo? É vero. Mas de certa forma não criamos nada, estamos só adaptando o que já foi noticiado., dando nossa versão particular.
Hoje era minha intenção comentar sobre os exames do presidente Airton, digo, Rafael, digo zero inco, digo Bolsonaro, sobre o vídeo da famosa fita, sobre o aumento dos casos da pandemia, mas o rádio estava ligado, tinha lido o jornal e passado a vista na internet. Então pensei: todo mundo já sabe de tudo, pra que este véio matuto repetir? Desisti e aí fiquei nessa conversa de tapioca mordeu beiju.
ô véio chato da gota serena. Inté.