APRENDENDO COM OS CÃES DE RUA
Ontem cedito, enfrentei a chuva e passando pela outra quadra avistei duas casinhas que puseram na calçada, para abrigar cães moradores de rua.
Numa delas estava um dos tantos cães conhecidos pela redondeza, queixo sobre o cotovelo, ele observava, sem compromisso, a chuva que caia e corria pelo meio-fio.
Senti uma pontinha de inveja, não pela casinha, mas da paciência e resignação, quem sabe eu tenha aprendido que elas fazem bem. Paciência em observar a água correndo ladeira abaixo e resignação, pela compreensão de que o melhor não é andar na chuva.
Hoje no final da tarde ele passou aqui pela frente de casa, feliz da vida, balançando a cola, como se sempre estivesse festejando. Provavelmente ele sofreu alguma lesão no apêndice caudal, por isto ela sacode incontrolavelmente.
Lembrei do Telo, um morador d rua,que em 1997, passou amorar no nosso pátio, até 2016. Um vencedor!