348 - SEMPRE AOS DOMINGOS...
Foto da Banda do Maestro Doroteia
Ah!! Aqueles anos dourados, na década de setenta. Anos memoráveis. As tardes de domingo em Itabira eram mesmo muito especiais. Sempre um programa nos aguardava. Ou seria: “nós que aguardávamos ansiosos tais acontecimentos”.
A semana inteira era trabalho durante o dia e escola à noite, rotina estafante mas que nos possibilitava vislumbrar futuro melhor. Final de semana, cinema ou futebol, ou uma paquera, mesmo que fosse como se diz hoje, apenas virtual ou imaginária.
Aos domingos a primeira obrigação, na expressão daquela época, era ir à missa; e aí era obrigação na melhor acepção da palavra, pois ninguém, estava a fim de comprar briga com os pais; depois a diversão, como por exemplo, jogos de futebol dos times juvenis caso, algum torneio ou campeonato estivesse em disputa. Bem, a ordem não alterava os compromissos. Nessas oportunidades, quase sempre o jogo principal da rodada do juvenil, seria disputada como preliminar do jogo do “Dragão das Alterosas”, o Valeriodoce, representado pela figura mítica criada pelo famoso cronista, cartunista e jornalista Mangabeira.
Assim, se fosse a nossa vez de fazermos o jogo preliminar, pouco mudava na nossa rotina, somente o horário dos jogos e uma dose maior de adrenalina que somente iria arrefecer após o jogo. Tais eventos esportivos ficariam eternizados em nossas mentes e registrados nas fotos que hoje formam o mosaico de boas lembranças. Neste particular, as imagens dos nossos companheiros de time de futebol fazem parte desta miríade de recordações.
Por instantes, fecho os olhos e relembro as partidas de futebol. São doces e inapagáveis lembranças nos campos de terra batida ou campos com gramados ralos e surrados onde nosso time tantas vezes enfrentou seus oponentes.
Algumas destas partidas me veem à mente com uma clareza como se estivéssemos ainda dentro do campo; Partidas que reputo inesquecíveis como: Campestre x Vila Nova (Itabira), Campestre x Brasileirinho, Campestre x Rosário Central - Bh, também, juvenil do Frimisa de Santa Luzia, Campestre x Juvenil do Democrata de Sete Lagoas, x Comercial do Barreiro – Bh.
Mesmo correndo o risco de ser involuntariamente injusto pelo esquecimento não poderia deixar de citar os eventos acima.
Mas as tardes domingueiras, não se restringiam aos jogos de futebol. Novamente, busco na memória as famosas “Horas-dançantes” que aconteciam sempre aos domingos na Séde do Valeriodoce no Bairro Campestre e sabemos também aconteciam na sede do VEC-Pará e na sedinha da Vila Coração de Jesus, eram eventos programados para acontecer quando não havia jogo no Estádio Israel Pinheiro.
Deixar fluir as lembranças das memoráveis tardes de domingo, quando os nossos melhores cantores da música popular brasileira conduzidos pelo Maestro José Dorotéia encurtavam a distância dos grandes centros interpretando as músicas e repertórios do momento.
Outras bandas de músicos jovens também embalavam as tardes nos ritmos dos Rollings Stones, Beatles e da moçada da “Jovem Guarda” e eram interpretadas por cantores mirins, adolescentes ou adultos, trazidos para Programas de Auditório, nos moldes dos programas da Rádio da Nacional, da Rádio Tupi e outras como a Rádio Guarani de Belo Horizonte.
Lembranças são como retrato de uma época e o Bairro Campestre sempre foi um bairro musical, se é que se pode dizer assim de um bairro, aonde moravam número expressivo de músicos e cantores: No saxofone Maestro Doró e Domingos Anastácio, no pistão Alcemar, no violoncelo Edgard Silva, na bateria Mário Rosa, no violão elétrico João Borges (o Mosquitinho), no piano Geraldo Cego e no Bongô do Antônio (Pivete).
Imperdíveis os bailes e horas-dançantes promovidas na sedinha do Valeriodoce onde os mais tímidos, somente dedicavam olhares para as garotas que, ás vezes eram levadas pelos pais.
Ah! que saudades daqueles tempos memoráveis que representaram os melhores anos das nossas vidas e que os ares românticos e os amores platônicos eram embalados por CRUSH, MIRINDA E GRAPETE...
Atualizada em 23/11/2018
Foto da Banda do Maestro Doroteia
Ah!! Aqueles anos dourados, na década de setenta. Anos memoráveis. As tardes de domingo em Itabira eram mesmo muito especiais. Sempre um programa nos aguardava. Ou seria: “nós que aguardávamos ansiosos tais acontecimentos”.
A semana inteira era trabalho durante o dia e escola à noite, rotina estafante mas que nos possibilitava vislumbrar futuro melhor. Final de semana, cinema ou futebol, ou uma paquera, mesmo que fosse como se diz hoje, apenas virtual ou imaginária.
Aos domingos a primeira obrigação, na expressão daquela época, era ir à missa; e aí era obrigação na melhor acepção da palavra, pois ninguém, estava a fim de comprar briga com os pais; depois a diversão, como por exemplo, jogos de futebol dos times juvenis caso, algum torneio ou campeonato estivesse em disputa. Bem, a ordem não alterava os compromissos. Nessas oportunidades, quase sempre o jogo principal da rodada do juvenil, seria disputada como preliminar do jogo do “Dragão das Alterosas”, o Valeriodoce, representado pela figura mítica criada pelo famoso cronista, cartunista e jornalista Mangabeira.
Assim, se fosse a nossa vez de fazermos o jogo preliminar, pouco mudava na nossa rotina, somente o horário dos jogos e uma dose maior de adrenalina que somente iria arrefecer após o jogo. Tais eventos esportivos ficariam eternizados em nossas mentes e registrados nas fotos que hoje formam o mosaico de boas lembranças. Neste particular, as imagens dos nossos companheiros de time de futebol fazem parte desta miríade de recordações.
Por instantes, fecho os olhos e relembro as partidas de futebol. São doces e inapagáveis lembranças nos campos de terra batida ou campos com gramados ralos e surrados onde nosso time tantas vezes enfrentou seus oponentes.
Algumas destas partidas me veem à mente com uma clareza como se estivéssemos ainda dentro do campo; Partidas que reputo inesquecíveis como: Campestre x Vila Nova (Itabira), Campestre x Brasileirinho, Campestre x Rosário Central - Bh, também, juvenil do Frimisa de Santa Luzia, Campestre x Juvenil do Democrata de Sete Lagoas, x Comercial do Barreiro – Bh.
Mesmo correndo o risco de ser involuntariamente injusto pelo esquecimento não poderia deixar de citar os eventos acima.
Mas as tardes domingueiras, não se restringiam aos jogos de futebol. Novamente, busco na memória as famosas “Horas-dançantes” que aconteciam sempre aos domingos na Séde do Valeriodoce no Bairro Campestre e sabemos também aconteciam na sede do VEC-Pará e na sedinha da Vila Coração de Jesus, eram eventos programados para acontecer quando não havia jogo no Estádio Israel Pinheiro.
Deixar fluir as lembranças das memoráveis tardes de domingo, quando os nossos melhores cantores da música popular brasileira conduzidos pelo Maestro José Dorotéia encurtavam a distância dos grandes centros interpretando as músicas e repertórios do momento.
Outras bandas de músicos jovens também embalavam as tardes nos ritmos dos Rollings Stones, Beatles e da moçada da “Jovem Guarda” e eram interpretadas por cantores mirins, adolescentes ou adultos, trazidos para Programas de Auditório, nos moldes dos programas da Rádio da Nacional, da Rádio Tupi e outras como a Rádio Guarani de Belo Horizonte.
Lembranças são como retrato de uma época e o Bairro Campestre sempre foi um bairro musical, se é que se pode dizer assim de um bairro, aonde moravam número expressivo de músicos e cantores: No saxofone Maestro Doró e Domingos Anastácio, no pistão Alcemar, no violoncelo Edgard Silva, na bateria Mário Rosa, no violão elétrico João Borges (o Mosquitinho), no piano Geraldo Cego e no Bongô do Antônio (Pivete).
Imperdíveis os bailes e horas-dançantes promovidas na sedinha do Valeriodoce onde os mais tímidos, somente dedicavam olhares para as garotas que, ás vezes eram levadas pelos pais.
Ah! que saudades daqueles tempos memoráveis que representaram os melhores anos das nossas vidas e que os ares românticos e os amores platônicos eram embalados por CRUSH, MIRINDA E GRAPETE...
Atualizada em 23/11/2018