Relógio desperta e a rotina. Ao menos deveria, é o que dizem os especialistas. No diário de bordo: Planeta Terra (que o Osmar de mesmo nome insiste em dizer que não é redondo); 12 de maio, Dia das Mães sem presente, comércio fechado por decreto; o dólar a R$ 5,85 (recessão à vista); Tecnologia de ponta e abraços proibidos, isolada, tento fazer da máscara acessório; as escolas vazias e os professores se reinventando frente às câmeras (de social do umbigo pra cima e moletom/chinelos pra baixo); As academias e salões de beleza se tornaram essenciais na canetada do presidente (loiras são feitas, raras exceções); As linhas de isolamento estão nas farmácias, supermercados e bancos; As praças interditadas e o povo que nunca correu, agora é fitness; O futebol? De 94 na tv e só nas lembranças; As igrejas e as Casas da Mãe Joana fechadas; Casamentos suspensos (possibilidade de repensar: será?); o mundo descobriu o Zoom; valas comuns absorvem corpos e a saúde do mundo entrou em colapso. Tem live pra todo gosto, mas antes lave a mão e passe álcool gel. Contudo, não suporto quando aparecem vendedores de manual de sobrevivência: Acorde cedo; faça meditação (manter a saúde mental); atividades físicas em casa; mantenha alimentação saudável; faça do “homework” uma oportunidade; repense a vida; auxílio espiritual. Faça um curso, use um recurso, terapia... E eu, metamorfoseando em 3 d: - Se sair dessa sem falar sozinha, já é lucro... Certo? Sou um misto de “vai dar tudo certo” e “que desespero My God”!