Como a minha avó curava esporão - Dica naturalista.

Vovó é sergipana de Laranjeiras. Seu avô e pai eram supervisores da prospecção de enxofre ao leste do estado, na Cidade de Siriri, mais especificamente em Castanhal.

Vovó herdou de seus antepassados o gosto por medicina alternativa, o que sempre me fascinou. Hoje, aos 92 anos, saudável e bem disposta, é exemplo vivo do valor de tais técnicas.

Era final da tarde quando cheguei do trabalho e senti o perfume delicioso vindo de seu banheiro - ela acabara de tomar banho.

Ao chama-la, ela respondeu alegre e animada como sempre.

“_ Vem cá no meu quarto. Chegou num foi, minha linda?”

Vovó cheirosa e toda arrumadinha estava sentada em sua cama com cabelos lavados, cheirosa como ela só, linda com a pele lisa e rosada. Seus olhos se iluminam ao me ver.

Vovó é o carinho em pessoa!

Ela massageava o pé com pó amarelo de cheiro estranho.

_ O que é isso, vovó? Perguntei com interesse.

“_ É enxofre, minha filha.”

_ Hã? E pra que serve?

“_ Cura dores. Aprendi com meus avós. Após o banho, a gente enxuga bem entre os dedos, mas deixa o calcanhar úmido – assim o pó gruda. Daí é só calçar as meias. Depois de uns dias a gente se esquece da dor. Conheci gente que sentia alívio também em outras articulações.”

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 12/05/2020
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