CRÔNICA – Um olhar sobre o momento – 12.05.2020 (PRL)
CRÔNICA – Um olhar sobre o momento – 12.05.2020 (PRL)
CRÔNICA – Um olhar sobre o momento – 12.05.2020 (PRL)
Desde que me entendo por gente que vejo conflitos e mais conflitos na política brasileira. Momentos de paz poucas vezes, mas turbulências são constantes.
Na posse do atual presidente Bolsonaro alguém gritou alto e bom tom (esquerdistas e comunistas) “que não deixariam que ele governasse o país, que iriam tocar fogo nesta nação”, palavras que foram ignoradas pelas autoridades constituídas, talvez ancoradas na liberdade de expressão a que se refere o regime democrático. O que não se pode, de maneira alguma, é confundir democracia com ameaças de desestabilizar o regime e o país, que já vinha em pandarecos por força de um governo desastrado, que culminou, antes, com o impedimento da senhora presidente da República.
Mas a promessa está sendo cumprida com absoluta perfeição. As ocorrências negativas desde a posse vão acontecendo. Somente um cego não as vê. O golpe que muitos pensaram seria dado pelo presidente, tanto que lotou o palácio de oficiais generais do mais alto gabarito, vem sendo praticado por governadores e prefeitos, liderados pelo doutor Dória, de São Paulo (PSDB), figuras que são amparadas fortemente por altas patentes dos demais poderes do país, notadamente agora, quando essa pandemia do COVID-19 grassa no nosso território. Mas essa plêiade de salvadores do povo tem o incondicional apoio imprescindível da imprensa, quase unânime, essa que viu o seu faturamento ser ameaçado, em face do posicionamento do governo no sentido de reduzir os gastos com divulgação e propaganda.
Não se ouve uma voz perdida em defesa das medidas do governo, nem mesmo quando acerta, porque aqui neste país se exige a perfeição dos outros, mas da nossa todos esquecem. As críticas surgem desde o raiar do dia às primeiras horas da manhã do dia seguinte. Está virando unanimidade, não se pode mais ligar nem o rádio e nem a televisão, pois o que se vê são noticiários de crimes, mortes do COVID e as mais severas censuras ao presidente da República. Essa campanha do “Fique em casa” parece ter sido preparada em sintonia com a ideia da “Quarentena”, que se complementa com a ameaça de “Lockout”, expressão inglesa que significa fechar tudo, que são próprios de gente preguiçosa.
O mais interessante é que quanto mais os governantes fazem restrições ao povo nas ruas, nos empregos, girando a economia, mais aumenta o número de vítimas dessa doença, tanto que as mortes teriam duplicado de um momento para outro, em passe de mágica, causando até dúvidas se essas estatísticas merecem credibilidade. O pior de tudo é que não se sabe até quando vai essa carga de maldade em cima de quem ganhou um pleito licitamente disputado em 2018, com boa maioria, que se acha plenamente boicotado em suas atividades, sem poder realizar coisa alguma em prol do nosso desenvolvimento. E ainda fica com o encargo de liberar dinheiro, que não existe, em favor dos mais necessitados, vendo-se obrigado a rodar as máquinas da Casa da Moeda para fabricar “moeda papel”, essa que não tem valor algum de mercado.
A mim me parece que essa lengalenga vai longe. Não há responsabilidade com o povo e nem com os destinos do país. Talvez não queiram as próximas eleições, quem sabe a prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores até 2022, porque nada garante que seriam reeleitos neste ano! E isso daria tempo para urdir o “impeachment” de uma vez do presidente Bolsonaro, que denota fortes indícios de que está sozinho como cego em tiroteio sem saber pra quem apelar. Tentou colocar o judiciário na luta para ajudar a reabrir os setores produtivos, todavia não obteve respaldo, mas sim uma repreensão como que o alertando de que faltava melhor entrosamento entre os governos federal, municipal e estadual.
Não se vislumbra uma voz forte em defesa de “um basta” a essas coisas estranhas por que estamos passando, eis que a cada dia que passa fica mais complicada a situação e, quando menos se esperar: Inês estará morta! Acorda pessoal.
Um abraço.
SilvaGusmão