De repente, se fez uma clareira
Quando nos tornamos muito presentes acabamos por privar as pessoas que nos cercam do que seria sentir a nossa falta. De repente podemos ser confundidos com uma peça do ambiente. Como se fôssemos uma árvore no jardim com cuja sombra e frutos nos acostumamos e às vezes até nos incomodamos. Mas então, um dia acordamos e notamos uma grande clareira ou quem sabe, o vácuo outrora preenchido com uma presença, que de tão constante não nos damos conta de que iria passar, posto que, nesta vida tudo é efêmero. E quando nos damos conta do valor das pessoas e percebemos que nascemos para servir e não para sermos servidos tornamo-nos menos arrogantes e displicentes no jeito de nos relacionarmos uns com os outros, de modo que, o fato de estarmos sempre presente na vida de alguém ou de ter alguém sempre presente em nossas vidas faz-nos merecedores tanto de maior respeito quanto de admiração, afinal porque alguém tem a outrem em alta conta não se faz por isto de baixo valor.