TIPOS DE NAMOROS

1---O que mudou?

Adão e Eva. "Só tem tu, vai tu mesmo..." / Mais tarde, união de reinos, coroas, continentes. / Depois, união de ideologias políticas, 'direita X esquerda'. / Bota mais tarde nisso, dependia da aprovação paterna, o galã desfilando na porta da amada e ela espiando pelo cantinho da janela (aprender sobre sexo na hora H). / Versão de CHURCHILL na I GM - mãos inglesas femininas acondicionando cigarros, chocolate e cobertores, escrevendo cartas a soldados desconhecidos; aí, depois de 1918, encontros pessoais e uma pandemia braba mundial. / Relativa liberdade existencialista após a II GM. / Houve Suez, batalhões internacionais da ONU, década de 50, o retorno das cartas, namoro sim, casamentos não sei...

2---Como é agora?

Existem anúncios de jornal e sites de apresentação e namoro - aplicativos de paquera, nada ridículo, como se fosse no ônibus, numa loja, no local de estudo ou festa casual: ambos a fim de personalidades parecidas. /De preferência, uma boa cozinheira./ - Tempo de nova pandemia, isenção de aproximações físicas, mente livre da obsessão sexual, do furor (desafio ao brasileiro sempre afeito ao contato), longe do perigo, preservação da saúde, uso de criatividade, necessidade em especial para gente solteira e o recurso em horários compatíveis é o computador ou o celular ou as duas coisas. "Como você é?" Primeiro encontro à distância, ambos mascarados, num supermercado, talvez, fora do campo virtual, casal incomum. Ou tomarem vinho por vídeo... - Quarentena, modismo de isolamento, por vezes até cidades diferentes e distantes, veio para ficar ou estamos voltando temporariamente à moda antiga?

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FONTE (para inspiração):

"Isolados, mas nem tanto assim... flerte se reinventa em tempos de quarentena", artigo de Eduardo Vanini - Rio, jornal O GLOBO, 22/3/20.

F I M