Memorial: (viagem a) Bienal de Pernambuco - Parte I
Até que enfim, chegou o dia de visitar a VI Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Na noite anterior à viagem, preparativos rotineiros, checagem dos documentos, do cartão bônus-livros, do dinheiro para as despesas, etc.
Na manhã seguinte acordo ansiosa, tomo um banho quente delicioso, visto uma calça jeans e a camiseta do evento, tomo um café rápido, pego minha bolsa e corro para a praça da Bandeira, local marcado para o encontro dos ônibus que levariam os principais sujeitos construtores da educação escolar pública: os professore(a)s.
Alegria, realização, curiosidade, vontade de chegar logo ao Centro de Convenções... era um misto de sentimentos e emoções que me acometia naquele momento. Eu estava feliz!
Saímos com quase meia hora de atraso porque uma colega não cumpriu o compromisso da hora marcada e chegou tranqüila e sorridente como se nada tivesse acontecido, enquanto nós aguardávamos insatisfeitos. Ao chegarmos à BR alguém lembrou de fazer uma oração de agradecimento e pedido de proteção para a viagem. Entramos em sintonia com Deus e nos lançamos naquela aventura certos de termos sido coletivamente abraçados por Ele.
Paramos em Encruzilhada de São João para o ritual diário do desjejum. Quase não conseguimos sair do local por várias razões: os estabelecimentos – restaurantes, lanchonetes, bares – estavam lotados e ofereciam um precário atendimento àquela multidão de famintos. Lá embaixo, enfeitando a BR 232 uma fileira imensa de ônibus e diferentes tipos de veículos vindos dos mais diversos municípios, em sua maioria levando professores cheios de sonhos e desejos de participar pela primeira vez na história do nosso estado, de um evento dessa natureza.
Houve lugar para encontros, reencontros, abraços, sorrisos, brincadeiras e muita alegria! Eu, particularmente, fora os colegas de outras escolas e cidades, tive o prazer de encontrar um primo querido (sua esposa e filho) a quem chamamos carinhosamente de Toinho e mora/leciona em Sertânia. Que abraço gostoso, saudoso! Prometemos nos encontrar na Bienal e bater um papinho.
Entre uma hora e uma hora e meia depois da parada naquele lugar, conseguimos seguir viagem, após a dificuldade de juntar o grupo novamente, uma vez que as pessoas se espalharam em busca de um lugar em que pudessem ser atendidas satisfatoriamente. Conseguimos – Zequinha, Jurema e eu – comer uma deliciosa macaxeira com carne assada e carne ao molho regada a um bom papo.
A viagem seguiu tranqüila, houve quem conseguisse dormir ou cochilar, quem não se contivesse no seu assento e percorresse o ônibus inteiro papeando com os colegas – afinal, na escola ninguém tem tempo pra isso, não é mesmo? – e quem como eu, conversasse o percurso inteiro com seu(ua) companheiro(a) de viagem. Entre uma interrupção ou outra para inserir outro colega no contexto da conversa, ríamos muito com alguma coisa engraçada dita por alguém em voz alta.
Tive o prazer de viajar ao lado de uma pessoa linda (exterior e interiormente falando) a quem admiro desde que conheci: Tâmara. Estar em sua companhia foi maravilhoso e falamos de tudo um pouco (família, trabalho, vida, casamento, filhos, dinheiro, lazer, saúde, alegrias, insatisfações, luta, etc). Adorei desfrutar da companhia dela.
Chegamos ao Recife – com bastante atraso em relação ao que havíamos pensado e por isso em hora de muito movimento, trânsito difícil, etc. Entramos no Centro de Convenções por volta do meio-dia, todos muito ansiosos com vontade chegar perto do objeto de desejo: o livro!
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Para a GRE Sertão do Moxotó Ipanema-Arcoverde ficou determinado o dia 11/10 para a visitação à Bienal.
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