SERÁ QUE O VELHO PERDE O VALOR?
A trágica morte do ator Flávio Migliacio nos fez repensar a problemática do idoso no Brasil;digo repensar porque faz tempo se fala nisso e nunca se chega a uma conclusão em como - não digo resolver – mas,ao menos tornar mais doce e menos sofrida a saída das pessoas deste mundo.
Para mim,no mundo de hoje ,a velhice começa aos 70 anos.E a vida se prolonga.Não é difícil se encontrar pessoas com mais de noventa anos,lúcidas e,muitas vezes de bem com a vida.Aos 77 anos fazem dois anos que eu descobri que estava velha.Minhas solitárias viagens anuais ao Exterior que até então não preocupavam ninguém começaram a preocupar as filhas.
-Você vai para a Europa sozinha? Pergunta de uma delas.
_Não,eu disse .Vou com meus euros e meus cartões de crédito.Mas,ai,comecei a ter problemas de pressão alta devido ao stress no trabalho e tive que fazer muitas visitas aos cardiologistas do Hospital Português e colocar um tal de “mapa” que é uma tortura que esqueceu o Ulstra e a viagem de Novembro do ano passado começou a perigar.
A pressão voltou a ficar comportada ,mas,eu mesma não me sentia muito segura.
Acabei indo com meu neto ,foi maravilhoso,mas, senti a porra da velhice chegando.Mesmo assim não irei esse ano devido á tal da pandemia que me faz pensar , não haverá viagem.
A maioria dos idosos queixam-se da solidão, da falta de uma boa conversa,de se sentir “participativo” ,pois,muitas vezes ele está num lugar ,mas,na verdade não está,pois sente-se “solitário entre gentes”como diria Camões.
Esse mundo não é mais o seu mundo é o mundo dos smartphones de ultima geração que ele não sabe usar ,de games dos quais não entende nada e percebe que ninguém está interessado nas suas histórias pois o Facebook trás coisas mais interessantes.
Não concordo muito com isso.Acho que devemos buscar a alegria com a família que criamos bem,os netos e ,principalmente ,os bisnetos.Sei que mesmo depois da partida meu sangue estará circulando por este mundo por séculos.
Vida que segue!
A trágica morte do ator Flávio Migliacio nos fez repensar a problemática do idoso no Brasil;digo repensar porque faz tempo se fala nisso e nunca se chega a uma conclusão em como - não digo resolver – mas,ao menos tornar mais doce e menos sofrida a saída das pessoas deste mundo.
Para mim,no mundo de hoje ,a velhice começa aos 70 anos.E a vida se prolonga.Não é difícil se encontrar pessoas com mais de noventa anos,lúcidas e,muitas vezes de bem com a vida.Aos 77 anos fazem dois anos que eu descobri que estava velha.Minhas solitárias viagens anuais ao Exterior que até então não preocupavam ninguém começaram a preocupar as filhas.
-Você vai para a Europa sozinha? Pergunta de uma delas.
_Não,eu disse .Vou com meus euros e meus cartões de crédito.Mas,ai,comecei a ter problemas de pressão alta devido ao stress no trabalho e tive que fazer muitas visitas aos cardiologistas do Hospital Português e colocar um tal de “mapa” que é uma tortura que esqueceu o Ulstra e a viagem de Novembro do ano passado começou a perigar.
A pressão voltou a ficar comportada ,mas,eu mesma não me sentia muito segura.
Acabei indo com meu neto ,foi maravilhoso,mas, senti a porra da velhice chegando.Mesmo assim não irei esse ano devido á tal da pandemia que me faz pensar , não haverá viagem.
A maioria dos idosos queixam-se da solidão, da falta de uma boa conversa,de se sentir “participativo” ,pois,muitas vezes ele está num lugar ,mas,na verdade não está,pois sente-se “solitário entre gentes”como diria Camões.
Esse mundo não é mais o seu mundo é o mundo dos smartphones de ultima geração que ele não sabe usar ,de games dos quais não entende nada e percebe que ninguém está interessado nas suas histórias pois o Facebook trás coisas mais interessantes.
Não concordo muito com isso.Acho que devemos buscar a alegria com a família que criamos bem,os netos e ,principalmente ,os bisnetos.Sei que mesmo depois da partida meu sangue estará circulando por este mundo por séculos.
Vida que segue!