Uma manhã de maio
A cidade continua silenciosa .
Nos abrigos há risos,amor e dor dos que agridem em fúria,
deixando marcas no nó dos dedos com o terror espelhado nas paredes.
Na janela, a natureza passa voando numa especie de ritual
que nasce com a luz do dia,como para homenageá-la.
No silêncio que tudo encobre peço: Dá-nos atenção Deus,
porque estes são os primeiros momentos de mais um dia,
os instantes em que o dia se abre cheio luz,
para aquecer a fé que existe em todos nós,
e que nos instiga a caminhar.
Dá-nos atenção para nossa primeira oração do dia,
e gostaria que a ouvisse,para que tudo voltasse melhor
do que era antes.
Que as marés possam ser bem-vindas invadindo
o deserto das almas, molhando e refrescando o rosto
dos que tem calor, e a boca dos que tem sede,e que os dias
terminem sem medo e súplicas.