AS COISAS, OS TEMPOS, A ETERNIDADE!

Era noite, não, era quase noite; mas ali na esquina daquele bairro ele esperava calmamente.

Esperava, como toda tarde, que a noite chegasse.

Sua espera era serena, não se preocupava, pois sabia.

Tinha suas certezas e verdades, e nunca se enganara.

Não havia atrasos, e ela sempre vinha; em alguns meses do ano, vinha mais tarde.

Mas chegava; e quando ela vagarosamente dobrava a esquina da tarde, e o dia se escondia por trás da serra, ele alegremente iluminava aquela rua, e tudo ficava claro e alegre, mariposas o rodeavam, besouros faziam sua dança e até as “bruxinhas” noturnas vinham cumprimentá-lo.

Eram assim seus dias, à espera; e suas noites claras iluminando os passantes, os ouvintes e cantantes.

Até que o dia retornava e ele voltava ao silêncio.

Esperando.

– 10 de Maio – 23h – 2011 -

Nieta Ede
Enviado por Nieta Ede em 07/05/2020
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