Caixas
Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode supor o nosso mundinho estereotipado, centralizado e com atitudes paliativas.
As caixinhas de surpresas se desprendem das nuvens e caem como blocos de concreto em minha cabeça. Com coragem tomo-as pra mim e com medo vou abrindo uma a uma. Devagar. Apreensivo. Esperando o que já esperava sair de dentro de cada uma delas. Junto às pautas, índices, relatórios, prosas e versos e faço uma tese minuciosa, vasta e cheia de porquês.
Descobri que todos somos iguais nas nossas diferenças e que as nossas igualdades assustam quando diferentes.
De dentro da caixa mais leve tive a certeza do bem do EU. Do bem que Eu me faz. Da certeza que EU me traz. Dos objetivos concretos que EU tem a me dedicar e até que ponto EU está disposto a garantir o NÓS.
Das caixas mais pesadas saíram rancores, raivas, inseguranças. Afinal foram essas que me doíam a cabeça quando despencavam do "supor" do céu.
Numa caixa maior que tiro aqui da terra, que eu mesmo criei disponho de todas coisas boas que saíram das outras, com um pouco de coisas ruins.Também deve fazer parte. Ninguém é bom por inteiro, por mais que tentamos ser. O SER ruim faz parte do cotidiano das igualdades diferentes entre cada um de NÒS.
Os ajustes, rejuntes e rebocos ...uma reforma ou uma construção. Façamos das caixas e conteúdos ferramentas e materiais para construirmos algo saudável.
Gabriel D´Nasc®