A MAGIA DO ABRAÇO.

Engraçado, dois meses parecem uma eternidade quando se está longe de gesto simples, encerrando uma felicidade inigualável que você pode desfrutar e não dá o devido valor. Por estar na possibilidade de realizar.

Se a tanto alguém não compreendia, passa a compreender.

Veiculado na TV, largamente difundido, um encontro de avós italianos com sua neta, depois de dois meses sem possibilidade de encontro e de um abraço. Emocionante; um simples abraço.

Vejo minhas netas no zap/live, e até aniversários em abril, muitos, de duas netas, uma filha, genro, foram assim festejados, como tem acontecido nas famílias.

Um dos maiores confortos de toda minha vida como felicidade máxima era o momento que apanhava minha neta, hoje treze anos, em seu colégio, com quatro, cinco, seis anos de idade. Ia com a moça que ajudava nos cuidados com ela e a outra neta na minha casa, pois os pais trabalhavam e elas ficavam conosco até a volta dos pais do trabalho, como até hoje.

Era um momento mágico, saia do portão onde a moça ficava esperando, eu perto do carro, me via e vinha voando para se jogar nos meus braços. Eu temeroso que caísse nessa corrida do amor. Mas nunca disse para não fazer. Que instante inigualável!

Agora, nessa situação, fui duas vezes na porta de sua casa, mora em casa em São Francisco, praia de Niterói, bairro só de casas, e nos vemos de longe. Quer se aproximar, porém a mãe restringe. É difícil.

Uma vez só, nesta fase, a mãe entrou de carro em minha casa, parou na garagem, ela desceu e foi correndo até o quarto que é o dela e da prima quando aqui estão, minha outra neta, e disse: “que saudade!”.

Transborda por todos os poros essa saudade do abraço que em todas os tempos encerra a festa do amor.

Ouve-se : na vida tudo passa. QUANDO?

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/05/2020
Reeditado em 05/05/2020
Código do texto: T6938060
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