AUTOAJUDA AJUDA EFETIVAMENTE?
A autoestima movimenta hoje grandes somas editoriais dirigida à nominada autoajuda por força de brotar da mais candente vontade do ser humano; ser reconhecido.
Da perseguição ao reconhecimento, seja qual for o compartimento social, público ou privado, surgem os livros de autoajuda, para ajudar à autoestima.
Ninguém percebe que o próprio prefixo impede finalidades procuradas. A autoestima, estima pessoal, autônoma,é julgamento pessoal, endógeno, e, portanto, só se ajuda, autoajuda, aquele que busca seu interior verdadeiramente, ajudando-se.
Isso não está nos livros de autoajuda, mas no nosso arbítrio de vontade, no entendimento de que somos o que somos, se incorretos procuremos a correção, se corretos, dimensionemos mais a correção já exercitada. Aforismos, máximas, ditos populares não farão modificação se inexistir ajuda própria, mergulho no que se é verdadeiramente.
Poderíamos dizer que assim ajudamos os que escrevem sobre autoajuda.
Nenhum livro dirá que você é mais isso ou aquilo, que fazendo desta ou daquela maneira será mais estimado, mais reconhecido. O valor trás o reconhecimento, e o valor maior é o de personalidade, está nela inserido e faz o conjunto de moral e utilidade. Ninguém precisa ser reconhecido por faculdades ou dons, mas por ser real consigo mesmo, verdadeiro, e dessa forma ser com os outros. Assim, sendo boa essa realidade, como inerente ao ser humano, o reconhecimento tão esperado surgirá. Olhe-se a história e veja-se quantos valores se destacaram humanamente pelo maior bem existente em termos de doação, caridade e bondade, utilidade. Incontáveis seres humanos, são muitos, e se apontamos um haverá forte injustiça com outros tantos.
Mas não devemos também nos vitimizar ou lançar nosso insucesso sobre os outros, e nos negativarmos como nada representarmos como pessoa no sentido de ter expressão social, ou desprezar o que conseguimos fazer com todos os defeitos visíveis em nossa presença social como pessoa. Isso é depressão flagrante inflada por processos frustrantes de procissão de complexos arquivados durante nossas existências.
Que nossa autoestima esqueça da autoajuda que se lastreia no que desserve, sem servir o essencial; gostaria de ser mais rico, ter mais beleza, ser mais estudado.
Nossa meta deve ser, gostaria de ser mais eu, antes, contudo, de ser mais bondade e caridade, mais amor e gratidão. E não se diminuir pelo que não sabe ou não tem, ou queria ser e não é, cada um é o que é e disso não passará, devemos nos aceitar como somos, sem depreciação pessoal, como tantos fazem, buscando autoajuda, o que sugere também hipocrisia nessa posição, ainda que as deficiências sejam claras. Elas estarão sempre presentes, com ou sem autoajuda.
ASSIM ESTARÁ REALMENTE SE AJUDANDO E AUMENTARÁ ENORMEMENTE SUA AUTOESTIMA, SENDO COMO É.