APELIDOS


Meu marido é natural de São Luis do Maranhão. Quando visitamos sua cidade natal ou mesmo quando ele me conta fatos ocorridos no tempo em que lá viveu, fico bastante impressionada com os apelidos das pessoas. Me parece que naquela capital as pessoas não são chamadas por seus nomes de batismo mas por alguma estranha alcunha.

Seus amigos, colegas de infância e adolescência, colegas de trabalho, não são chamados por seus nomes verdadeiros. Lembro-me de alguns:
Cambéu – Jacaré – Peixe Pedra – Taínha – Jabiraca – Cano D’Água - Perna de Alicate - Mucura – Mata Gato – Coati. Pelo fato da cidade ficar em uma ilha, a maioria dos apelidos é nome de peixe. E há alguns muito inconvenientes como, por exemplo: Mesa Suja. Como pode alguém conviver com um cognome destes?

Perguntei ao Agenor como era seu apelido. Ele me disse que um seu colega de trabalho na redação do jornal onde trabalhava, o chamava de Cabo Ag. Menos pior!

O que mais me surpreende é que os próprios alcunhados não se aborrecem com os nomes que lhes são dados. Talvez porquê não adianta nada ficarem irritados. De muitos deles, ninguém sabe os nomes verdadeiros. São chamados pela alcunha desde os tempos de escola fundamental... Naquela época ninguém conhecia o termo “bullying”, que hoje se tornou popular e que designa essa atividade que é combatida por ter causado até mortes, infelizmente.


 
Aloysia
Enviado por Aloysia em 03/05/2020
Reeditado em 03/05/2020
Código do texto: T6936380
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