(Em busca dos Ventos de) Mudança
Houve a época das compras: livros, CD, DVD, instrumentos musicais e seus respectivos complementos. Sonhamos acordados, com um amanhã que se mantém longe, latente (em nossa concepção). Um horizonte todo guardado, feliz, colorido, definido, belo, claro, promissor, adequado às nossas necessidades (e aos nossos anseios). A gente ainda espera por ele. A gente sonha tanto há tanto tempo... Será que a gente está perdendo tempo há tanto tempo?
Ó: o novo tempo chegou. Divisor de águas. Águas passadas não movem moinhos.
Agora a gente investe em material parado: põe à venda. Desapega-se. Despede-se do que não interessa mais. (Nossos sonhos ainda nos interessam sim -- eles alimentam nossas esperanças de libertação).
Temos material suficiente para levantar um troco, umas moedas para auxiliar no pagamentos das contas e da manutenção do pão-nosso-de-cada-dia.
Temos páginas em branco em nosso livro da Vida para preenchermos com novos começos. A nossa história vai ser reescrita. Aproveitemos. Logremos êxito em nossas novas empreitadas. Faça chuva, faça sol, faça vento, faça calor... Prossigamos com nossos sonhos.
Eu me lembro de um antigo conhecido meu falando, no Ano Zero, que "sonhar não faz mal". De modo algum. Pelo contrário, faz bem ao coração. Muito bem. Nos ajuda a ver luzes no fim do túnel -- esse mesmo, dentro do qual passamos grande parte de nossas vidas. Com sua variável extensão e de estrutura complexa.
Obrigado por ter me acompanhado até aqui, Nobre Leitor(a). Continuemos.