BANDEIRA DO BRASIL: A SUÁSTICA BOLSONARISTA
Quando cursava o ensino fundamental, antigo primário, eu ficava intrigado como os alemães, milhões deles, apoiaram as atrocidades cometidas pelos nazistas.
Ignorância! Essa era a resposta que mais pacificava a minha inquietação diante da perseguição, tortura e morte de centenas de milhares de judeus homens, mulheres, idosos, jovens e crianças.
Com o passar do tempo e com mais leitura, entendi que a motivação básica do Holocausto foi puramente ideológica, enraizada em um mundo ilusório da imaginação nazista, onde uma conspiração judaica internacional para controlar o mundo se opunha aos objetivos arianos.
Historiadores divergem sobre a motivação principal, mas se sabe que havia também o preconceito por motivos econômicos, os judeus eram vistos como manipuladores da economia mundial.
Com a ascensão de um fascista ao poder aqui no Brasil, muitos armários com esqueletos foram abertos e de lá saíram réplicas genéticas dos alemães que estavam nas ruas de Berlim apontando judeus.
O que fizeram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, contra um grupo de trabalhadores da saúde que, no dia do Trabalhador, homenageavam pacificamente outros Trabalhadores mortos na luta contra a pandemia, foi um ato de terror.
Fanáticos e violentos, vestidos com as cores da nossa bandeira, bolsonaristas agrediram profissionais da saúde com socos e pontapés e aos gritos de “esquerdopatas”.
Enrolada em uma bandeira do Brasil, uma senhora gritou com uma das manifestantes que estava “lutando pelo país” e que, se os empresários param de trabalhar, as pessoas ficam “sem o seu salariozinho”.
Assistindo ao descontrole dos manifestantes pró Bolsonaro, tive minha impressão sobre o apoio em massa dos alemães a Hitler. Eram empresários classe média, ignorantes, falsos nacionalistas, racistas e escravocratas.
Bolsonaro e apoiadores transformaram a bandeira brasileira em uma nova suástica.
Ricardo Mezavila