QUEM É DEUS?
Ninguém viu, ninguém conhece, ninguém tem acesso; ninguém. Ouve-se e discute-se sobre fé, ela nos “mostra” Deus, os vários segmentos de religiosidade, hermeticamente. Livros sagrados foram escritos. Por Deus? Não, pelos homens, todos os livros grafados, pelos homens, considerando Deus.
Nesses repertórios, livros, que seriam de origem divina, conforme preceptores de decretos e desígnios de Deus trazidos pelos homens, havia uma sinalização forte e clara. Surgiria um Messias. Ele seria a ratificação da existência sinalizada, ainda não concretizada; “Quem é Deus?” Em princípio falta concretude, forma.
Se não temos “Quem é Deus”, inacessível a entidade máxima do universo por Ele criado, antes disforme passado a informe, “Gênesis”, temos a carne viva e o corpo martirizado de quem foi o Messias, negado somente pelo seu próprio povo, o judeu.
Ele foi visto em carne, corpo, forma. Muitos O conheceram.Viveu entre nós, os homens, foi homem como nós. A história didática registrou, como ciência que reporta e formaliza. Foi um homem secularizando exclusivamente o verbo, sua dicção, nada escreveu.
Isto por si só já O faria notável e singular na humanidade, a apontar a divindade pela exclusão de qualquer outro ser vivo semelhante, embora muitos e muitos tenham se celebrizado por pensamentos e ideias, nenhum se nominando Filho de Deus, fenômeno que atravessa dois mil anos crescendo sempre sem oposição, desprezível a ocorrente, em números e conteúdo, ao revés, ganhando força cada vez maior.
O valor não é a verdade em si, mas o esforço por atingí-la. Milhares sofreram nessa espinhosa tarefa, não deixaram suas reflexões ao relento que congela o pensamento.
Deus não é a “ilha feliz” de Thomas Morus que nos chega pela passividade. Utopia, de “ou- não”, e “topus –lugar”, quer dizer em nenhuma parte. Deus não é utopia, sonho, mas realidade. Seu corpo está no Messias, foi e se fez visível para a criatura crer no seu Pai, foi forma.
“Messiah” ou “Meschiah”, em hebraico; “Cristhós” ou “Eleimmenos”, em grego, “Unctus”em latim ; Ungido.
Deus, o Pai, planejou encerrar as ideias espirituais da sabedoria eterna desconhecidas à multidão cega. Dessa e por essa forma tentaram alguns vestir a figura do Messias como esperança consoladora e sob essa crença apontar Ezequias como Messias, e não ser o messianismo da antiga aliança dogma, artigo fundamental. E chegaram ao ponto de estabelecer a contradição das contradições, contestando a qualidade de Messias de Cristo criando antíteses.
O Messias para eles seria aquele que daria o banquete onde seria servido o famoso peixe Leviatã, e seria morto o touro de Beemot, que de tão grande comeria o feno de mil montanhas diariamente. Assim seria a festa de sua chegada. Mas depois de descrever essa chegada, afirmam que “reconhecer um homem-Deus é abusar de si próprio, é forjar um monstro, um centauro, o bizarro composto de duas naturezas que não podiam se aliar”.
E muitas e muitas outras desfigurações deformadoras do Cristo o que faz compreender a falta de paz no encontro da “Terra Prometida” como a história vai pontuando, configurando uma sanção.
Deus é seu Filho, e a Ele se chega desta forma, pela carne, pelo Deus feito homem como nós. A “multidão de cegos” não O vê e nem mesmo se pergunta o quê de extraordinário tem esse Ser, único, incontestado em soma incalculável em sua jornada acreditada por incontável parcela de humanos como Filho de Deus.
“Eu sou o caminho, a verdade, a vida”. Eu, Jesus Cristo, sou Deus. Eu estive aqui, entre vocês, os homens, me fiz carne, dei testemunho, sou Deus e fui forma.
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Reedito esse texto. Minha compreensão de Deus, em momento mundial de demonstração da unidade existente quando todos são lançadas na vala comum da fatalidade.
"O que enriquece o corpo é o espírito". Shakespeare.