FALANDO DE...MAIO !
Maio chegou de mansinho como chegaram todos os “maios” de minha longa existência.
Friozinho, manhã neblinada, pássaros itinerantes albergados no pessegueiro despido.
Algumas flores ao redor do muro e a rua deserta em função da pandemia.
Assim, privou-me da presença de dona Asta, nossa vzinha, fazendo suas caminhadas, seus alongamentos. Do sorriso largo de Alcídio, seu esposo, ambos trancafiados em quarentena.
Abri a porta e aspirei o que ainda posso dispor destes encantos de maio.
[ Felizmente resta-me um bom estoque deles ]
Morena , nossa gatinha de estimação, enovelou-se aos meus pés. Afaguei-a e ela lançou-me um olhar triste.
Que estranhos presságios perpassam-lhe felinos pensamentos ? Pensei com meus botões.
O ar era de uma doce pureza e folhas de outono atapetavam a calçada que dá para o portão.
Alguém, que não consigo identificar, acena-me amistoso de um carro em movimento.
Respondo-lhe, acenando por igual.
Bocejante ainda, elevo os braços acima da cabeça num gesto de preguiça e reflito sobre o mais belo dos meses do calendário.
Maio ! De todas as mães, de todas as noivas, de todos os sonhos.
Maio ! Da poesia do arvoredo de galhos desnudos albergando fadigas aladas, de céus azulados, de manhãs de lerdeza, sonolentas, agasalhadas à fina organza da neblina.
Maio ! de barulhentas revoadas de maritacas borrando de verde um céu que lhes pertence.
Maio! O mês de Maria, a mãe de todos os homens, de todas as preces, de todos os louvores.
Maio ! Das “rosas de maio” abrindo sorrisos – sorrisos de rosas- por entre os gradis.
Maio ! De homens compromissados, insensíveis aos “sorrisos das rosas” de passos perdidos pelas alamedas que levam do nada para lugar nenhum.
Maio! De ternuras tantas, ilusões, compromissos,sonhos, conflitos...(Até porque no caldeirão do mundo persiste a ebulição das vidas)
Divagante , eu retorno.
A casa me acolhe.
Na panela chiam pinhões em fervura, o café incensa a cozinha e pelos quartos ainda adormecem os demais.
E...Por que é Maio, boto a mão na massa e preparo pãesinhos de queijo aos dorminhocos.
[ São eles, as minhas alegrias de maio]
Sozinho ,faço meu desjejum espiando a manhã além da janela.Morena me examina com aquele seu olhar esmeraldado, felino, e a cachorra da vizinha late insistentemente.
Pão de queijo quentinho, café encorpado, silêncio...
Sutilezas de maio !
Clico uma tecla e Sara Brightman eclode em ternura neste meu primeiro dia de...Maio !
CLIC NO LINK ABAIXO E...ENCANTE-SE !
https://www.youtube.com/watch?v=QS7ly4VnXnY
Maio chegou de mansinho como chegaram todos os “maios” de minha longa existência.
Friozinho, manhã neblinada, pássaros itinerantes albergados no pessegueiro despido.
Algumas flores ao redor do muro e a rua deserta em função da pandemia.
Assim, privou-me da presença de dona Asta, nossa vzinha, fazendo suas caminhadas, seus alongamentos. Do sorriso largo de Alcídio, seu esposo, ambos trancafiados em quarentena.
Abri a porta e aspirei o que ainda posso dispor destes encantos de maio.
[ Felizmente resta-me um bom estoque deles ]
Morena , nossa gatinha de estimação, enovelou-se aos meus pés. Afaguei-a e ela lançou-me um olhar triste.
Que estranhos presságios perpassam-lhe felinos pensamentos ? Pensei com meus botões.
O ar era de uma doce pureza e folhas de outono atapetavam a calçada que dá para o portão.
Alguém, que não consigo identificar, acena-me amistoso de um carro em movimento.
Respondo-lhe, acenando por igual.
Bocejante ainda, elevo os braços acima da cabeça num gesto de preguiça e reflito sobre o mais belo dos meses do calendário.
Maio ! De todas as mães, de todas as noivas, de todos os sonhos.
Maio ! Da poesia do arvoredo de galhos desnudos albergando fadigas aladas, de céus azulados, de manhãs de lerdeza, sonolentas, agasalhadas à fina organza da neblina.
Maio ! de barulhentas revoadas de maritacas borrando de verde um céu que lhes pertence.
Maio! O mês de Maria, a mãe de todos os homens, de todas as preces, de todos os louvores.
Maio ! Das “rosas de maio” abrindo sorrisos – sorrisos de rosas- por entre os gradis.
Maio ! De homens compromissados, insensíveis aos “sorrisos das rosas” de passos perdidos pelas alamedas que levam do nada para lugar nenhum.
Maio! De ternuras tantas, ilusões, compromissos,sonhos, conflitos...(Até porque no caldeirão do mundo persiste a ebulição das vidas)
Divagante , eu retorno.
A casa me acolhe.
Na panela chiam pinhões em fervura, o café incensa a cozinha e pelos quartos ainda adormecem os demais.
E...Por que é Maio, boto a mão na massa e preparo pãesinhos de queijo aos dorminhocos.
[ São eles, as minhas alegrias de maio]
Sozinho ,faço meu desjejum espiando a manhã além da janela.Morena me examina com aquele seu olhar esmeraldado, felino, e a cachorra da vizinha late insistentemente.
Pão de queijo quentinho, café encorpado, silêncio...
Sutilezas de maio !
Clico uma tecla e Sara Brightman eclode em ternura neste meu primeiro dia de...Maio !
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https://www.youtube.com/watch?v=QS7ly4VnXnY