Palavras da salvação
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Se, no entanto, meu povo der ouvidos aos comunistas que dizem que religião consiste em um mundo fantástico, criado pela mente humana que tenta dar a certos fenômenos naturais um ar sobrenatural, e que religião com ou sem Deus, não passa de uma mera ilusão, algo a que não se deve dar crédito, Deus mandará castigos. Deus vai abrir a cova, os inimigos vão ver, e agradeça porque bem-aventurado é o homem a quem Deus castiga, está repreendido em nome do Senhor. Jeová guarda os estrangeiros, principalmente americanos, ampara o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios”.
Jeová lançou as dez pragas do Egito para livrar seu povo dos faraós. A água do rio Nilo virou sangue e os peixes morreram. As rãs, no entanto, se salvaram e invadiram as casas. Mosquitos borrachudos atacaram as pessoas. Grandes moscas apoderaram-se dos ares. Pragas atacaram os animais, morrendo muito gado, ovelha e cabrito. Apareceram furúnculos nas pessoas, que é a febre do rato. Trovões e raios desceram dos céus. Enxames de gafanhotos devoraram tudo o que havia sobrado das saraivadas. Depois o céu escureceu por três dias e só os israelitas tinham luz porque usavam Raio Vácuo, as amarelinhas do Senhor. Por fim, Deus mandou que seu povo matasse cabritinhos e pintasse as portas das casas com o sangue desses bichinhos. Então o Anjo do Senhor passou pelo Egito e matou todos os que não tinham a marca de Deus, o sangue na porta. Foi a décima praga. Com isso, os faraós pediram arreglo e libertaram os israelitas. Ainda não havia a bomba com tecnologia para matar todo mundo, deixando os prédios de pé e livrando os israelitas, o que melhoraria muito o custo/benefício da operação.
Em "Levítico, a Bíblia diz que Deus castigará todos aqueles que não o obedecerem, e se continuarem a desobedecer fará com que comam a carne de seus próprios filhos, filhas, pais e amigos, no que seria um trailer do filme “O poço”. Deus, através de Moisés, manda apedrejar um homem até à morte simplesmente porque ele estava pegando lenha no sábado. Como se sabe, sábado é dia de levar lenha e não pegar lenha. Aliás, a galera da Bíblia é chegada a uma violência básica. Vide esse lindo verso de Salmo 137:9: "Feliz o homem que arrebentar os seus filhinhos de encontro às rochas”. A modalidade lançamento de catarrento à rocha fez muito sucesso nas quebradas bíblicas. Havia, no entanto, tutoriais de como praticar a brutalidade em estado bruto com método e técnica. A Bíblia ensina que "um escravo pode ser surrado até à morte sem punição para o seu dono, desde que o escravo não morra imediatamente".
Em "Deuteronômio 25:11-12", a Bíblia informa que uma mulher que se aproximar de uma briga de homens para tentar salvar seu marido e "agarrar nas partes vergonhosas" do inimigo, deverá ter sua mão cortada, sem piedade. Em ovo de homem não se mexe, principalmente da tribo de Moisés. Os carecas também estão resguardados pelas leis divinas. Em II Reis 2:23, enquanto subia para Batel, Eliseu ouviu crianças zombando de sua careca. Ele virou-se e as amaldiçoou em nome de Javé. "Então duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois garotos”, pra nunca mais zombarem da calvície de um homem de Deus. E nem ursos faziam parte da fauna daquelas paradas.
Tempos difíceis em que a humanidade estava começando a escrever seus códigos de ética. O incesto era prática comum. Em Gênesis 19:34, depois que fugiram de Sodoma, as filhas de Ló disfarçaram-se de prostitutas, embebedaram o pai com vinho e tiveram relações sexuais com ele, a fim de "preservar sua raça". Depois, muito tempo depois, os homens mataram o único ser que sabia transformar água em vinho, o que foi o maior desatino da história da humanidade.
Palavras da salvação.