DÚVIDA SUPREMA.
“Minha dúvida suprema consiste em separar meu ser ideal de meu ser material e, depois, transmitir os segredos de minha existência de carne e osso para minha existência abstrata”. Kahlil Gibran
Minha saga está encimada na obra do grande mestre, “Mensagens Espirituais”.
Creio que seja andamento de muitos que passam uma vida inteira mergulhados nessa polarização trabalhada.
Uma ponte difícil de percorrer com respostas satisfatórias. Quase impossível. Angustiante a distância que se toca.
Quando nada de minha “existência de carne e osso” em empirismo vê espaços amplos no mundo dos seres humanos, negando ao menos o abraço à ideia da existência abstrata com seus valores nobres, destacando uma sanha de multidões incapazes de ver o que os olhos enxergam, a indiferença aproxima-se forte.
É como proclamava a filosofia clássica, “extrema si tangunt”, mas a aproximação é tão sutil que se torna impenetrável. E traz angustia a febril meta de perceber que “os extremos se tocam”; "extrema si tangunt".
Estamos vivendo isso, no momento com mais intensidade, em todas as questões sociais. Principalmente no Brasil que não esgota suas convulsões acrescida de uma doença invisível, como as forças do mal.