Ô CABRA-DA-PESTE!
No tempo que o banditismo imperava, havia um dito:
- "Fulano é cabra-da-peste!" - dito que ainda anda por ai.
Coisa típica de Lampião, aquele que aterrorizou o sertão nordestino, durante os anos 1922 e 1937, período que liderou o cangaço, só interrompido quando morreu!
Conforme os escritos, a associação do termo cabra, com os homens, vem da referência que os navegadores portugueses faziam aos nativos de algumas ilhas, que mascavam o betél, folhas de uma palmeira, faziam como se fossem cabras. Primeiro veio o rótulo de cabras-da-peste, aos que eram os fortes, tipo as cabras, que além fortes também eram resistentes às pragas associadas aos demônios. Há outras teorias, nesta mesma direção, que tratam da origem da expressão, uma delas que associa a cabra doente como coisa ruim, então deduzo que o cabra-da-peste também possa ser um sujeito ruim, mau.
Dai de cabras-da-peste, para cabras machos, pode ser um pulo, um coice ou uma peixeirada no ventre.
Embora esta última expressão traga a palavra macho, a assertiva está mais para o indivíduo forte do que para o machismo.
Se cabra macho, ou cabra-da-peste, não importa, é a relação entre o forte e o rústico, o sofrimento que chamam a atenção.
Estes cabras parece que gostam de esportes violentos, daqueles que, quando o embate termina, saem, independente da vitória, com os olhos inchados e ensanguentados. Preferem o calor e a agressão dos raios solares, portanto não suportando a escuridão ou sombras.
Sombras que Mandetta e Moro, estavam se especializando em produzir!