UMA VISITA INESPERADA... 16h46min.

O feriado de Tiradentes, nem parecia feriado, pois neste isolamento que vivemos até parece que todos os dias são feriado. Toca o telefone, a esposa atende, é o neto Adriano, que reside em Campo Largo, - município a certa de 30 km de Curitiba. – perguntando se poderia vir nos visitar, a avó disse que sim.

Chegaram, ele a esposa e os dois filhinhos, sem máscaras, descontraídos, nos cumprimentamos afetuosamente, como se “ele” – o coronavírus - não existisse, conversamos, foi comunicado a seus pais, - Vanice e Luiz - que moram bem perto de nossa casa, também vieram, contrariando a “normas” impostas nestes difíceis dia isolamento, em que apesar de tudo o amor deve prevalecer...

Ele atua na área de transporte, que não parou que passou por momentos difíceis, durante alguns de dias de março, pois grandes partes dos restaurantes das rodovias fecharam, e em certos momentos dependeram da solidariedade, pois almas abnegadas ofertavam marmitas, e quites de higiene. Praticamente de momento tudo se normalizou.

Este neto nasceu em 1983, cujo período de seis meses, ficou marcado por chuvas constantes, que assolaram o sul do país, com enchentes, e as anomalias que o excesso de chuvas provoca.

Sempre foi empreendedor, por dom nato, muito embora até aja conseguido, bons empregos na área que se formou, Administração de Empresas, a cerca de mais ou menos dez anos, enveredou pelo ramo de transportes, abrindo sua pequena empresa, durante algum tempo muito viajou pelo Brasil, e eventualmente sua esposa o acompanhava, em longas e cansativas viagens, e até mesmo o ajudava a dirigir o veículo, hoje, esta tão somente administrando, pois montou uma logística de assessoria em transportes, muitos caminhões prestam serviço a sua empresa, que exigem um bom capital de giro, pois tem financiar, os custos, que devem ser creditados ao caminhoneiro, para que possa iniciar a viagem ao seu destino, mas ele somente irá receber o valor do frete após um certo prazo.

Hoje, já está colhendo o fruto de seu trabalho, conseguiu construir uma confortável casa, o trabalho é feito pela informática, no local de sua residência, e a esposa também o ajuda, nestas lidas, pois muitas pessoas dependem de seu trabalho, em que inúmeras empresas, confiam na sua empresa, com a certeza que a carga entregue a ele, será entregue no prazo combinado...

De modo descontraído conversamos, e até acabamos nos esquecendo “dele”, este inimigo “oculto” dos brasileiros, que veio de fora sem ser convidados, mas que em breve será “banido”, pois sua presença é indesejável. É logico que nossas palavras não querem induzir ao “descuido”, - mas que não se transforme em uma histeria - porém, o amor deve ficar acima tudo. 17h32min. Curitiba, 23 de abril de 2020 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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