RIBEIRA, CASA DAS MENINAS

Ribeira, casa das meninas

Ribeira, do poeta Ferreira Itajubá,

dos boêmios, dos homens felizes,

que saciavam caprichos e cometiam seus deslizes

naquela casa de meninas, algumas sararás.

Tudo acontecia na rua das donzelas

O amor livre e barato, bebedeiras, brigas e estripulias,

conhecido beco da quarentena, pelas mazelas,

que apareciam, entre as tantas alegrias.

O entra e sai era grande nas casas comerciais,

de luzes vermelhas, canções bregas e arcaicas radiolas,

naquelas pensões alegres, eram todos iguais, sem classes sociais.

Maria Boa, cortesã dos cartolas, donos de engenhos e rapazolas,

tinha cabelos negros e longos, parecia uma espanhola

Seu Otávio, dono de uma das casas, contava estórias memoriais,

da boate estrela da madame Georgina, e de outros cabarés, em parábolas.

Crônica poética

Neide Rodrigues, poetisa potiguar em, 23/04/2020 às 10:56

NeideRodriguesPoetisaPotiguar
Enviado por NeideRodriguesPoetisaPotiguar em 23/04/2020
Reeditado em 23/04/2020
Código do texto: T6926456
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