Escobar e Lilith (a história de 2 cãezinhos)

"Oi, meu nome é Escobar, sou da raça Pug e meu dono me pegou quando eu era novinho ainda. Tinha desmamado da minha mamãe e já fui entregue pra ele. Quando cheguei eu era muito pequenino, só meus olhinhos chamavam a atenção. Eu mal cabia na caminha que meu dono tinha comprado pra mim. Agora eu tenho uns 6 meses - eu ouvi meu dono falar pra algumas pessoas - Adoro passear, mas quando saio não sei que rumo tomar pois vêm muitos cheiros no meu focinho e nós, cães, sentimos milhões de odores e conseguimos distinguir cada um deles mas eu acho que sou muito ansioso - como meu dono, por isso fui entregue a ele pois dizem que nossa raça ajuda as pessoas que estão tristes ou algo assim - então, continuando, eu não consigo seguir em linha reta. Eu paro, volto, sigo, paro de novo, quero sentir todos os cheiros ao mesmo tempo. Paro num poste e sinto o odor de outro cão e já quero fazer meu xixi naquele lugar. Preciso demarcar onde estive pros outros cães saberem que estive aqui e deixei minha marca registrada. Com relação à minha ansiosidade já ouvi falar que os cães também tomam um negócio chamado Floral de Bach quando estão ansiosos. Eu acho que estou também estou assim. E muito! Já tomei todas as vacinas então estou bem imune a qualquer doença. Minha pele é cor de caramelo e no meu peito apareceram umas listras pretas o que me deixa mais bonitão - nada modesto né? - E eu agora estou namorando. É, conheci a Lilith, uma cachorrinha Poodle tão simpática que logo de cara já gostei dela quando a vi passeando com sua dona. Nos olhamos num primeiro instante e já nos apaixonamos. Ainda bem que nossos donos andam sempre juntos. Se conheceram no mesmo dia que nós e pelo jeito se deram muito bem porque estão juntos sempre e que bom que eles continuam juntos pois assim nós, eu e a Lilith também continuamos juntos também. Vou contar nossa história quando já tínhamos nos conhecido senão se eu contar do começo a história é longa. Lá vai..."

- Oi, Lilith, como você está?

- Estou bem, Escobar... e você parece feliz.

- Sim, estou feliz, estou te vendo novamente.

- É a sétima vez né?

- Sim, e já queria te pedir uma coisa...

- O que é?

- É... é...

- Fala logo, Escobar, tô ficando curiosa, daqui a pouco nosso passeio acaba, nossos donos se separam e acabo não sabendo o que quer falar...

- Bom, como você mesma disse, é a sétima vez que a gente se vê... Então... então eu gostaria de pedir em namoro é isso, eu te acho uma gata, apesar de você ser uma cachorrinha linda, de pêlo branquinho, uma Poodle linda...

- Escobar... eu... eu nem sei o que dizer, nos conhecemos tão pouco...

- Mas já é tempo suficiente pra gente namorar... Me diga, nossos donos não estão namorando?

- Que isso, Escboar, eles estão se conhecendo ainda... - olha pra cima pro rosto da sua dona - será que já estão se apaixonando, Escobar?

- Quem sabe, Lilith...? quem sabe? - eu estava torcendo para que sim. Ollha o que eu trouxe pra você - eu a quis impressionar

- Que lindo, Escobar, uma rosa, ah, como você é romântico...!

- Eu apenas amo você, Lilith, só isso. Deixa eu pôr em você, na sua coleira - dei uma olhada e ela ficou linda com aquela rosa

- Puxa, meu querido, você é tão... tão...

- Romântico, eu sei. Mas é porque vocé é linda e eu quero se seja minha namorada, você ainda não disse se aceita...

- Ah, Escobar, depois de um presente desses e de tantos carinhos que você tem demonstrado pra mim ao longo das nossas caminhadas eu digo que... que...

- Aceita logo, vai!

- É claro que aceito ser sua namorada Escobar... eu só queria fazer suspense seu bobinho.

- Então a partir de agora nós somos namorados e pelo andar da carruagem... olha lá pros nossos donos como eles se olham felizes um pro outro.

Lilith olha pros nossos donos e os vê felizes também e de repente ela se assusta.

- O que foi, Lilith?

- Olha, Escobar, eles estão tocando os focinhos... o que é aquilo?

- Eles estão se beijando - eu ensino pra ela - é como nós dois fazemos mas muito rápido mas agora que somos namorados vamos fazer como eles, vamos tocar nossos focinhos mais demorado.

(...)

-Ah, Escobar, como é gostoso. Não havia sentido isso ainda. Agora foi mais demorado e eu amei. Mas, Escobar... será que o nosso amor é como o deles? Eles são humanos e nós somos irracionais como já ouvi dizer...

- Irracionais? Nós? - eu cortei - somos muito racionais sim só não falamos como eles. Eles têm a linguagem deles e nós a nossa.

- Mas será que o nosso amor depende de alguma coisa?

- Como assim? depender do que?

- Ah, sei lá...

- Ah, você quer saber se nosso amor depende de algo pra sermos felizes? olha, vou te dizer: o amor independe de qualquer coisa. O amor é tudo que nos rodeia . O amor modela as pessoas, deixa elas felizes. O amor é tudo no mundo. Ele que move tudo. Ele independe de cor, de pele, de pêlo, de altura, de tamanho, de cheiro...

... e raça!

- Ah, Escobar...!!

Ajosan
Enviado por Ajosan em 23/04/2020
Reeditado em 25/04/2020
Código do texto: T6926373
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