Ouvindo os cantores
As emoções acabaram, mas se quiser sentir algum coisa, é melhor ouvir Roberto Carlos. E, como, Joana disse: é loucura não ouvir o coração; mais insano é seguir o conselho de Alcione. Onde já se viu, ou ela, ou eu? Além da cama, estou com Emílio Santiago, mas o que é a vida afinal? Fazer tudo o que o mestre mandou, comendo o pão que o diabo amassou?
Que me perdoe, Cássia Eller, não sou mais aquela garotinha com meias três quartos, tampouco, a malandragem me fascina. Mesmo porque Legião Urbana fala aos meus ouvidos, que todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou. E, quando lembro das mentiras, quero bancar Adriana Calcanhoto; violentar os seus gostos, publicar seus segredos e derramar o resto de minha alegria.
Mas para quê? Se Guilherme Arantes não é fã de mosaico, e justifica dizendo: pra que ficar juntando pedacinhos do amor que acabou? Nada vai colar! É melhor simplificar, e sair poliglota; dizer adeus em todas as línguas. Difícil! Ainda mais levando o crédito por tudo. Dá vontade de botar um Biquíni Cavadão, tomar um drink, sentar à beira da praia, e desabafar: escuta aqui, eu não sou culpada de tudo; se não vi que as coisas iam mal, me desculpe!
Também, não espere que eu fale palavras de paraíso! Por enquanto, Vou me agarrando ao refrão de Elba Ramalho, chorando e cantando; sem perder a boa energia de Chorão; hoje ninguém vai estragar o meu dia!