MEU DIA A DIA NA SITUAÇÃO ATUAL.

Minhas obrigações na situação atual ninguém depende delas, felizmente, só a casa. São pessoais, inerentes ao meu pedaço de chão. Somente dizem respeito a mim e ao lugar que habito. Profissionalmente sem convenções a cumprir acertadas, somente um advogado amigo me solicitou posição em caso concreto; fora isso só artigos para eventual destinação.

Estou assim dividido, dormindo mais tarde, bem além do rotineiro que é uma da madrugada, agora duas ou três horas, de bate papo com minha mulher, cabeça rica, saindo só de carro para uma volta com ela, cidade menos deserta agora, empregados afastados, e me entregando ao quintal com todas suas seduções, aliás o que sempre fiz quando não estou em caminhadas, lendo ou escrevendo, caminhadas agora feitas em redor da casa. Jardins que trato agora sozinho, os jardineiros sem virem, não os chamo por enquanto. Minha mulher não quer. A Rainha da casa, lógico. Mas complicado as altas heras que cobrem o muro da frente da casa.E as laterais. Escada alta, mas dei conta. O jardim japonês, que eu mesmo fiz, morada dos Budas, fácil de manter. Gramado a máquina resolve. Piscina sem uso, mas tratada, por mim. Sempre fui eu a tratar, quarenta e cinco anos de "piscineiro". No olho, sem necessidade de teste, conheço se está ácida ou alcalina. Se precisa de cloro ou barrilha. Está sempre no ponto, como águas do Caribe. Hoje vou me dedicar ao escritório, sem faxineira, que fazer, mas gosto, dou um "tum", e estantes e os livros que ainda preservo dou uma geral, mas são cem metros de escritório, um lugar de repouso da alma e esquecimento das horas.

Delivery entregando tudo, uma comédia, minha mulher lava até o saco plástico do pão de forma com sabão. Muita coisa entregue e sorte minha, quando não é comida pronta, uma "chefe de cozinha", minha mulher, preparando as refeições, embora competente também a secretária do "dia a dia", em isolamento, faz quarenta anos em minha casa, veio para cá moça. Já aposentada, mas permanece por gosto. Não engordo com a "chefe especial", mantenho meus oitenta quilos verificados na balança diariamente; 80/1.80, normal compatibilidade. Me mexo muito.

O Recanto, esse cantinho, passou a ser, faz tempo, uns oito/nove anos, umas das praças de utilidade primeiramente e lazer. Da primeira razão parece que é estimado o retorno pelo que recebo em contato com reconhecimento e gratidão. Muitos acessos e poucos comentários. A falta desses, disse uma leitora em contato, seria inibição em interlocução difícil ou inibida. Bom, cada um com suas razões respeitáveis. Mas qualquer comentário em dúvidas esclareço todos. Tem sido assim.

O importante é a utilidade e contatos afirmando a grande utilidade em aprendizado, o que me satisfaz. Aulas que dei visei sempre o aproveitamento. Aqui é grande sala de interlocução, como em palestra. E melhor, fala-se de tudo, sem especificidade como em palestras. Todos os temas podem ser tratados, como filosofia, direito, política como ciência, economia, religiões, sociologia, fatos notórios abordados pela mídia, generalidades, enfim o conhecimento enciclopédico que a atividade a que me entreguei requer na decisão de todos os conflitos de interesses sociais.É como anomia, não faculta a não decisão. A demanda ao que nos entregamos na vida profissional exige essa formação, obrigatória.

Nesse hiato de anormalidade, sem dúvida esse espaço conforta. E reconheço agradecido as inumeráveis leituras diárias em minhas páginas. São de 50 a cem por dia e 219 mil aproximados no espaço de tempo que já escrevo por aqui, com repercussão em redes das quais não participo, pedida autorização com crédito.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/04/2020
Reeditado em 20/08/2020
Código do texto: T6926185
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