Tempos duros

É breve! Mas não posso deixar em branco a época em que estou, melhor, nós estamos passando no momento.

Doença, praga, maldição, este tal ‘coronavírus’ que assola o mundo inteiro, trazendo nuvens de morte e medo. Será nosso fim? Parece, eu disse parece, que não passa de um terrível susto. Mas já matou muito. Castigo de Deus? Não creio.

Fato: mais um, que a Humanidade já ultrapassou. Estamos no dia vinte e dois de abril de 2020. Esta desgraça já apareceu desde fevereiro, ou antes, ninguém sabe.

O que não posso, sendo um cronista inveterado, com livros publicados, é de deixar não sabido o maldito que ocorre. Ora, todos dizem que aos cronistas e historiadores, cabe deixar escrito, para a posteridade, fatos que aconteceram na sua época. Simplesmente, é o que estou fazendo. Sofro com meu irmão ao lado, o medo de morrer inocente. Que temos nós com este bicho?

Saudades de dos tempos ainda bem recentes, não da quarentena, mas da absoluta segurança que acreditava estar vivendo. Qual nada. Esta suposta garantia de todos nós não existe, um enfarto a carrega em pouco, somos fracos, apesar de toda nossa fortaleza e conhecimento. Estou delirando? Ou já é efeito da covid 19? Como não tenho sintomas, creio que não chegou a hora. Mas que ela virá, tenho certeza! A ceifadora, é desta de falo

Vou deixar um mundo estropiado, sem moral, arrebentado pela ganância dos grandes, pobre, miserável, injusto e belicoso. Eu só não! Todos nós.

É pena! Mesmo que não seja agora ou pouco depois... É pena!