Desabafo
Permitam-me este desabafo!
Tenho dificuldade em acreditar no Homem e no Mundo.
Tenho, apesar de saber que há seres humanos isentos, solidários e justos.
Como confiar num Mundo feito à imagem do Homem, cada vez mais irresponsável e ganancioso? Um Mundo que é um baile mandado para tantos. Muitos, de entre estes, se enraiveceram com as urdidas polkas hitlerianas, mas já ensaiam uns passos da dita dança.
Durante a 2ª grande guerra foi engendrado um genocídio incomum, habilmente ensaiado, para tirar de cena quem era frágil, incómodo ou de raça “menor”.
Hoje, temos, para além de outros vírus que por aí pululam ou pulularam, o “Corona Vírus19”, que antes de ser anunciado já estava instalado, algures por aí. A verdade é que para aqueles e aquelas pessoas mais atentas, ainda o vírus não tinha ensaiado a dança, já se falava na eutanásia, como um mal menor - O Redentor não sei bem do quê, mas fico-me com a minha ignorância e confesso-a publicamente - de tal forma, que os bailadores em golpes de cintura bem estudados, evitavam a todo o custo os referendos, porque podiam coartar esta vontade indómita de eliminar os bailadores sem futuro na dança presente, mesmo que não fizessem parte das turmas sénior e porque não era assunto de menor importância… era preciso poupar dinheiro. Ora, os referendos podiam não aprovar a dita e ser um pau de dois bicos com gastos ao quadrado. Ou seja: “Nem o referendo vence, nem os velhinhos morrem.” Ora, já nesta altura, se masturbavam crânios de génios a aprimorar as leis para a tal morte “assistida”, à falta de melhor nome, porque o nome que nos vem à cabeça é pouco simpático. Tudo isto para lembrar que a eutanásia foi aprovada segundo regras “muito específicas”; o que não quer dizer que os velhinhos lá de casa não continuem a “ver” a sua morte antecipada, mesmo pelos próprios filhos e outros familiares ou até por vizinhos, com recurso a meios pouco ortodoxos. Para os idosos sós ou com filhos pouco disponíveis foram criados lares, tendo em conta que é um sítio seguro, de respeito e onde, estes podem ter melhor qualidade de vida e convívio. Pois é! Eis senão quando, pé ante pé, o vírus “Covid 19” veio por aí, penetrou em tudo quanto era sítio, mas o seu lugar de eleição, foi os lares para idosos. Lembrei-me agora que o 1º ministro do Japão afirmou já em 2013, malgrado a sua idade, que os idosos doentes deviam “morrer rapidamente” para o bem da economia. Grande lição! Ainda, sobre o Covid 19 e os velhinhos também surgiram opiniões muito “interessantes” vindas da Holanda bem como dos EUA, Europa…Enfim! Mas a nata das premissas, chega-nos em português, vinda de um tal Bolsonaro, presidente de um país descoberto pelos portugueses por volta de 1500 e que viu em tudo isto, não o Apocalipse, mas uma possível Redenção.
Isto, digo eu, que não sou católica ferrenha, mas tenho olhos no coração.
Tenho dificuldade em acreditar no Homem e no Mundo.
Tenho, apesar de saber que há seres humanos isentos, solidários e justos.
Como confiar num Mundo feito à imagem do Homem, cada vez mais irresponsável e ganancioso? Um Mundo que é um baile mandado para tantos. Muitos, de entre estes, se enraiveceram com as urdidas polkas hitlerianas, mas já ensaiam uns passos da dita dança.
Durante a 2ª grande guerra foi engendrado um genocídio incomum, habilmente ensaiado, para tirar de cena quem era frágil, incómodo ou de raça “menor”.
Hoje, temos, para além de outros vírus que por aí pululam ou pulularam, o “Corona Vírus19”, que antes de ser anunciado já estava instalado, algures por aí. A verdade é que para aqueles e aquelas pessoas mais atentas, ainda o vírus não tinha ensaiado a dança, já se falava na eutanásia, como um mal menor - O Redentor não sei bem do quê, mas fico-me com a minha ignorância e confesso-a publicamente - de tal forma, que os bailadores em golpes de cintura bem estudados, evitavam a todo o custo os referendos, porque podiam coartar esta vontade indómita de eliminar os bailadores sem futuro na dança presente, mesmo que não fizessem parte das turmas sénior e porque não era assunto de menor importância… era preciso poupar dinheiro. Ora, os referendos podiam não aprovar a dita e ser um pau de dois bicos com gastos ao quadrado. Ou seja: “Nem o referendo vence, nem os velhinhos morrem.” Ora, já nesta altura, se masturbavam crânios de génios a aprimorar as leis para a tal morte “assistida”, à falta de melhor nome, porque o nome que nos vem à cabeça é pouco simpático. Tudo isto para lembrar que a eutanásia foi aprovada segundo regras “muito específicas”; o que não quer dizer que os velhinhos lá de casa não continuem a “ver” a sua morte antecipada, mesmo pelos próprios filhos e outros familiares ou até por vizinhos, com recurso a meios pouco ortodoxos. Para os idosos sós ou com filhos pouco disponíveis foram criados lares, tendo em conta que é um sítio seguro, de respeito e onde, estes podem ter melhor qualidade de vida e convívio. Pois é! Eis senão quando, pé ante pé, o vírus “Covid 19” veio por aí, penetrou em tudo quanto era sítio, mas o seu lugar de eleição, foi os lares para idosos. Lembrei-me agora que o 1º ministro do Japão afirmou já em 2013, malgrado a sua idade, que os idosos doentes deviam “morrer rapidamente” para o bem da economia. Grande lição! Ainda, sobre o Covid 19 e os velhinhos também surgiram opiniões muito “interessantes” vindas da Holanda bem como dos EUA, Europa…Enfim! Mas a nata das premissas, chega-nos em português, vinda de um tal Bolsonaro, presidente de um país descoberto pelos portugueses por volta de 1500 e que viu em tudo isto, não o Apocalipse, mas uma possível Redenção.
Isto, digo eu, que não sou católica ferrenha, mas tenho olhos no coração.
Lúcia Ribeiro (Crónicas)
Abril 2020