A DIFÍCIL TRAVESSIA PARA A NORMALIDADE.

Quando se lida com o desconhecido é impossível assentar padrões. Por quê?

Nessa travessia do desconhecido para a normalidade que se espera e aguarda, não há tempo definido, como se diz em direito das obrigações, termo final, e assim se adita que a obrigação se cumprirá em futuro incerto e não sabido.

É assim o desenrolar dessa surpresa mundial avassaladora e acrescida de fraudes, fantasias, terrorismos e palcos políticos.

Felizmente se extinguiu o palanque que construíram no Ministério da Saúde. Lá agora está um médico que não participa da plataforma política todos os dias; infindável. Nas pegadas de governadores aproveitadores e vazios. Saíram do palco junto com o Ministro/político. Cheio de restrições proclamadas diante das câmeras e após a demissão aos beijos e abraços. Tinha projeto político conhecido. Quanto mais visível melhor.

Mudou diversas vezes o “pico da doença”, queria ficar sob os holofotes.

O que ninguém conhece com acerto, e muito menos por estatísticas matemáticas, nestas os dados são concretos. Em matemática o pior é trabalhar com “possibilidades”, pior do que equação diferencial. Minha filha caçula é mestra nisso, trabalha com algorítimos. Na situação em que estamos, diz ela, nem com possibilidades é possível arbitrar.

A agora batizada de “globolixo”, assim recebida nas ruas, está ansiosa, por não ter notícias sobre o Ministério da Saúde. Ótimo, a saúde diz respeito aos médicos não a políticos, não a meia dúzia de repórteres que trocam falação terrorista e desinformada para deixar em pânico a população. Vão arranjar o que fazer. Indiferença aos pequenos e vazios é a resposta melhor na vida aos que nada têm a dizer ou construir. A vida é palco de construção, utilidade. O momento, singular e único, desastroso, não é para vender tolices e desencontros.

Nessa incerteza do percurso até onde chegará a procissão do desconhecido, a travessia é ansiosa, dolorosa para os que perdem entes queridos, fraudulenta com dados que não retratam a verdade, pois hoje só se pode morrer de “coronavirus”. Interessa à política dos travestidos de “salvar vidas”. Os mentirosos de sempre. Muitos que são desprotegidos e sem recursos suas famílias, são enterrados em valas comuns, embora mortos por outras doenças.

Muita carência aflora como certa. Muitas empresas médias e mesmo grandes terão dificuldades de prosseguir. Prestadores de serviços passam necessidades.

A saída para a atividade é difícil. Começa a surgir medo mesmo naqueles que desconhecem a extensão da gravidade, como entregadores, e agora já passam seus medos, todos de máscara, reportam seus temores, jovens, mas aterrorizados e conscientes. Muito se deve a eles.

Sem trabalho não há renda. Um cenário difícil, e tudo é passível de acontecer, mesmo reincidir a transmissibilidade com mais força, como previsto pelos EUA para determinadas regiões.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 22/04/2020
Reeditado em 22/04/2020
Código do texto: T6924801
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