PENSANDO NO COLETIVO
Ao entrar num comércio temos que estar de máscaras e receber uma gota de álcool da atendente na porta, para desinfetarmos nossas mãos. Ótimo! Prático! É só estar com a máscara.... Deveria ser simples, mas a cliente atrás de mim achou que era inconstitucional obrigá-la andar com o devido acessório. Como se tivesse razão, argumentou que ninguém mandava nela, e que não se incomodava de pegar o vírus. Em nenhum momento achou que era para ela não passar a doença aos outros clientes. Teve que ir embora.... Fiquei pensando em que momento da vida as pessoas acham que a liberdade individual vai além do próprio nariz. Quando na minha infância eu dava sopinhas e papinhas para os irmãos menores e eles empurravam a colher, num dado momento que tinham outros interesses e a fome já tinha passado. Minha mãe, com a maior paciência vinha me orientar: não deixe que eles mandem. Pode parar de dar o alimento, mas não na hora que fizeram prevalecer suas vontades porque eles vão crescer achando que o que eles querem é o certo e que na vida quem manda são eles, cada um em seu tempo. Disciplina se ensina desde o berço e nem é preciso maltratar, basta usar o raciocínio lógico de que tem coisas que se faz em grupo, em benefício de todos, e nem sempre o que queremos é o melhor para quem está ao nosso lado. Tenho orgulho da educação de recebi na infância.