O GESTO NOBRE E CRISTÃO DE UMA BAIANA

Em Salvador – BA, uma avalanche destruiu casas e matou diversas pessoas durante uma forte chuva que já dura dias. Inúmeras pessoas se mobilizam para atenuar o sofrimento das vítimas, doando alimentos, roupas e prestação de serviços, ajudando no que podem como o caso de uma senhora que com a parte de trás do quintal de sua casa completamente comprometida com uma enorme cratera, fez de seu lar um local de ajuda às pessoas, cozinhando, juntamente com sua família, para cerca de 200 pessoas.

Histórias como esta nos comove, pois a natureza humana tende a apegar-se a um individualismo fútil que apenas conduz ao vazio existencial.

Pensar no bem comum quando se está vivenciando a mesma situação crítica ou diferente, ou ainda em situação favorável, não é tarefa fácil. Isso se chama DESAPEGO!

Compreender que tudo tem uma razão de ser e, portanto, nada acontece por acaso, o que subentende que Deus está no controle e fará o melhor, se chama FÉ.

Esquecer temporariamente sua dor e sentir a dor do outro, se chama AMOR!

A vida, por mais crítica que seja, se vivida sob a ótica do evangelho de Cristo, se torna bem melhor e mais feliz.

Até que ponto valorizamos o outro como alguém tão importante quanto nós? Essa é a máxima do grande semeador da paz e do amor que certa vez disse: “Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo e na prisão, não me visitastes”. Suas palavras diziam exatamente que quando não damos assistência ao próximo em suas adversidades, deixamos de fazer por Deus, isto é, só mostramos a Deus que verdadeiramente o amamos, quando acolhemos com amor nosso semelhante. Sim, somos todos irmãos e precisamos nos unir no propósito do amor incondicional.

Não importa se o outro não tem nada a nos oferecer, nem tampouco se é digno ou não de nossa assistência. Nossa atitude no estender das mãos deve ser apenas de acolhimento respaldados no pressuposto de que poderíamos ser nós em seu lugar. Nesse caso, como gostaríamos de ser tratados?

Baseados nessa máxima, podemos conceituar as célebres palavras de Cristo: “Ame o seu próximo como a si mesmo”, cujo fundamento se conecta única e exclusivamente com a importância que damos a nós mesmos e a nosso próximo. Essa importância é semelhante, relativamente semelhante ou extremamente distinta?

Ao vir alguém em sofrimento, como que clamando por ajuda, coloque-se, da forma que puder, na condição de amigo e irmão.

Há tantas formas de ajudar: oferecendo ajuda de custo, uma palavra amiga, um simples, porém poderoso abraço!

Que sigamos o exemplo da baiana, que mesmo em situação crítica e desfavorável, encontrou uma forma de ser útil a quem necessitava mais que ela, colocando sua dor no bolso e sentindo a dor alheia.

Que pratiquemos o bem! Que pensemos no bem! Que vivamos o bem e que sejamos o bem!

ROGÉRIO RAMOS
Enviado por ROGÉRIO RAMOS em 18/04/2020
Reeditado em 18/04/2020
Código do texto: T6920885
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