SEPARADOS POR UM OCEANO
Ontem à noite conversei pelo telefone com meu filho mais velho. Quando desligamos, um sentimento chato bateu forte em mim. Apesar de estarmos distantes alguns quilômetros, parecia que tínhamos um oceano nos separando, já que ambos estamos confinados, impedindo o contato físico por enquanto - e sabe lá Deus até quando. Tive que ruminar uma tristeza mesclada por indignação, causada por essa guerra com inimigos tão poderosos, cruéis e invisíveis. Imagino que algo assim está aportado no coração de todos com pessoas queridas obrigatoriamente afastadas nesses tempos. E assim fui dormir, perturbado por aquela saudade do tamanho do oceano.