TRISTE...MUITO TRISTE.
A mídia em geral mostra a tristeza desertificando os grandes centros do Planeta. Nova York que pulsa, tem seus teatros da Broadway apagados e portas cerradas, assim também o majestoso Metropolitan.
Um estranho cenário envolve a cidade morta de movimento, nem o onze de setembro serve de analogia, embora a brutalidade e a morte estivessem presentes, mas havia movimento no pânico.
A Europa clássica onde se respira criatividade, beleza, educação nas grandes livrarias, museus, teatros e récitas tem ares sepulcrais.
Lugares luminosos para a civilização,pilares permanentes do pensamento valioso que brinda a alma e enriquece a vida; inertes. Esses lugares, molas propulsoras das ideias estão mudos, silentes, imobilizados.
O que houve? O mal atacou e paralisou em desconcertante surpresa tudo e todos.
Um mal consolidado desce as encostas do mundo como lava fervente que mata e emudece, e aprisiona sem crime precedente. A tristeza é soberana nas grandiosas capitais.Metrópoles que palpitavam agora são lúgubres, como portas de cemitérios adentrados. Domina o silêncio.
Um grito mudo faz eco em todo o globo. Um cenário como se todos tivessem morrido. Uma ficção verdadeira, valha o paradoxo.
Acabaram as “paellas” em Barcelona nas Ramblas, os vinhos de Rioja, os sinos alegres da “Sagrada Família” de Gaudí, as “porquetas laqueadas”da Gran Via em Madrid, as flores do “Passeio de La Castejana”, as Coquilles de Saint Jacques em Paris, um Saint Emilion das cercanias de Dijon, as “pastas” romanas na Via Del Corso debruçada no Vaticano, um “Castelo Banfi” da rainha sangiovesi, as “bistechinas” com chianti da Toscana.
Tudo tristemente lacrado, museus e teatros antes abertos. O mal da “peste chinesa”. Sim, um mal. Grande e dolorido mal, que não só mata a vida, mas rouba a beleza e o bom gosto que habita esses sítios.
Alguns textos dizem que o mal chegado é um bem, um alerta para melhorar o homem. Foco desviado e calamitoso como observação;péssimo.
Nada que restringe e algema, amordaça, subtrai e aprisiona pode ser ou configurar um bem ou meio para melhorar.
“O mal não é necessário”, Tomás de Aquino. Repita-se sempre!
O mal produz negatividade, desconforto, infelicidade, feiura, torpeza, diminuição, atraso e desgraça.
O mal não traz bem algum, o mal não edifica nem constrói.
Quem tem personalidade desprezível em sentimentos assim vai continuar, e pior. O mal não o salvará de suas baixezas, irá torná-lo pior. O estágio de dificuldades pelo qual passaremos trará mais retenção pelo receio da penúria e falta de liquidez que ocorrerá, dinheiro. Tudo se restringirá, e quem já era ausente de solidariedade se exacerbará. Muito triste o que se vê, e pode piorar ainda mais com o desgaste econômico que se abaterá sobre o mundo. Já se verifica.
Ninguém que tem interior rico precisa de mal algum para situar sua vida. Vive em isolamento rico e pródigo em sentimentos, sempre.
Nenhum isolamento o enriquecerá, o colocará em aflição ou ansiedade, e muito menos mal algum o fará refletir mais ou menos. Sua vida é sempre pura reflexão com qualquer estrutura existencial. Linear sob esta angularidade. Assiste o fluxo temporal em seus passos, somente.
Como cordas da lira vibram em acordes uniformes as linhas de suas crenças.