Daqui um tempo...
Daqui um tempo a gente irá esquecer pelo que passa hoje. Nada será lembrado -- o passado será objeto de desprezo (dá-se as costas a ele e pronto: não tem mais efeito sobre nós).
Vamos nessa. O tempo vem: o tempo passou. Passou de repente. Não. O tempo parou. Sombras do tempo param e crescem sobre nós. Sossobram. Sussurram. O sissio delas fala ao ouvidos daqueles que entre nós insistem em voltar-se ao passado. Estão presos lá --
O mundo apequena-se. A vida estancou de repente. Não se manifesta mais como o fazia, coisa de seis ou mais meses atrás...
Pan: demia, demônio, cracia. E o Panta Rhei heraclitiano, nada. Perdeu para o "NADA se transforma" de Parmênides.
O Nada Humano que há por aí -- coisas humanas sem educação nem respeito pelo espaço alheio, que foram feitas e procriam em buracos de parede -- amontoam-se em qualquer espaço mínimo que uma rua permita. A Peste se espalha num continuum típico. Fim do Mundo -- eterno fim que nunca cessa... Consome tudo.
(Deus... Por que será que eu continuo dando pala para esse monte de lixo que infesta o mundo? Deve ser pelo meu conhecimento de causa... Conheço isso desde que me entendo por gente...)
Mas retornemos. Daqui um tempo lembraremos de anos atrás. Num movimento de rememoração. O passado não pode ser enterrado -- O Gloria! Culpa da memória...
O Futuro? Eu quero me distrair. Arranco dele um pedaço do Devir.