Algumas decisões doem quando se ama

É preciso gostar de alguém com muita verdade para entender algumas decisões. O isolamento social tem me provocado os mais diversos tipos de reflexão e uma delas é sobre o que penso todos os dias muito antes da quarentena: o amor e suas nuances. Na idade em que estou já cheguei a conclusão que preciso disso e não fujo mais. Mesmo com toda a dificuldade que tenho com manifestações físicas de afeto ou declarações banalizadas, eu confesso que não sou capaz de fazer absolutamente nada sem amor. E sempre fui assim, mas há pouco tempo que tenho assumido de cara limpa. O que está – ainda e infelizmente – bem distante de só fazer as coisas dessa forma, pois às vezes a gente cede por inúmeras causas, necessidades e dúvidas.

Mas a abstinência pode ser também por amor. O não ir, o não voltar atrás, o não! Questões tão contraditórias e complexas, que que beiram a confusão. Mas qual amor não as tem? Nada é comparado à sensação de estar no lugar e na pessoa que o coração almeja. Entretanto, amar o que se faz, amar alguém, e amar simplesmente, só é possível se passarmos por algumas negativas. Algumas decisões doem quando se ama, e ainda que façamos uso do auto amor como antídoto, os mistérios do Universo são tão fascinantes que nossas pequenas questões, parecem primitivas.

#TextoDeQuinta

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 16/04/2020
Código do texto: T6919020
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