Vinhos Arretados

CONFESSO que a minha bebida preferida é mesmo a cachaça. Pronto falei. Mas nunca abusei dela. Sempre bebi moderadamente, algumas lapadas. Antigamente tomava qualquer tipo de cachaça, mas hoje só tomo umas duas ou três doses de Pitu Gold, as limitações da idade fazem cair a nossa ficha. Adoro a cachaça, e se me preparam uma caipirinha com mel e limão, aí babo. Detalhe: nunca fui adepto da cerveja, acho que enche demais e a pessoa fica mijando de instante em instante, e, nos locais que bebia, os sanitários eram o fim da picada. Mas havia outro óbice (notaram a palavrinha pernóstica na moda dos bambambãs do pedaço?) . No entanto, apesar do gelo, durante muito tempo aderi ao Cuba Libre, só deixei quando comecei a tr dor de barriga e caganeira. Foi nos anos 80, deixei também o cigarro Hollywood, se nao deixasse de fumar teria morrido, asmático fumante é suicida, Fui,

Mas esse introito (viram como estou elitizado,palavrinha digna de Doutor Data Venia) é para falar nuns vinhos arretados. Todos os anos, na semana santa, um amigo que mora em Petrolina e é representante de empresas de vinho, me envia uma cesta com várias garrafas de vinhos branco e tinto, da reserva especial das empresas, uvas selecionadas. Nos trinques. Não sou connaiseur como alguns pernósticos, mas o Boticeeli, Rio Sol e Adega do Vale que ele me envia são arretados e nada ficam a dever a nenhum vinho estrangeiro. Duvido que os expertse metidos a entendidos me desmintam, tenho declarações de grande autoridades no asunto.

Os brancos tomei na quinta e sexta santas com peixe e bacalhau, enquanto os tintos foram tomados acompanhados de costeletas de porco e farofa, além de uma picanha nos trinques. Acho uma besteira essa mania de discriminar ovinho nacuonal. Babaquice. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 16/04/2020
Código do texto: T6918907
Classificação de conteúdo: seguro