PRESUMIR E REFLETIR.

Na presunção não há reflexão, nem elastério cerebral. É a aula do grande tribuno.

Diz Rui: "Mas, senhores, os que madrugam no ler, convém madrugarem também no pensar. Vulgar é o ler, raro o refletir. O saber não está na ciência alheia, que se absorve, mas, principalmente, nas ideias próprias, que se geram dos conhecimentos absorvidos, mediante a transmutação, por que passam, no espírito que os assimila. Um sabedor não é armário de sabedoria armazenada, mas transformador reflexivo de aquisições digeridas." Rui Barbosa. Oração Aos Moços.

O homem útil desconhece o peso da existência. Flana no viver, abraça a realização sem dela se ufanar. A utilidade é a graça que enriquece e alegra sua jornada. Interfere na sociedade em suas ações e atividades. Com alegria lhe vem o retorno da dedicação. A alma generosa habita morada santa da consciência pacificada pelo caminho. Se forrado de curiosidade o ser humano nas movimentações inclinadas para melhor, se alarga em compreensão sem limites, reporta a história.

Os presumidos estão sempre vigilantes, a inveja do que encanta seu despreparo espreita nas esquinas da vida. Centram a atenção no que invejam. Isso se deu nos tempos, nas eras, estão registrados os Brunos Giordanos. Foram muitos os martirizados pela inveja.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/04/2020
Reeditado em 16/04/2020
Código do texto: T6918545
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