TEATRO DE REVISTA / TANGERINI PLAGIADO

TANGERINI PLAGLIADO

Plágios de textos de Nestor Tangerini tornaram-se corriqueiros a partir da década de 1960.

Em 1962, o próprio teatrólogo se queixa de plágio à SBAT, Sociedade de Autores Teatrais. “Três valentes”, que apanham cobrando uma conta, é plágio de um “quadro da revista CADEIA DA SORTE, de Nestor Tangerini e Aldo Cabral”, encenada no “Teatro Recreio, em 1935”. “Foi” ao ar “no programa NOITES CARIOCAS, da TV-Rio, na noite de 23/3/1962, Sexta-feira”. O “fecho” era:

“Um valente; – Como foi que o sr. recebeu esse dinheiro?

Traquinho; – Ora, como foi? Cobrando uma conta e recebendo o troco”.

Os intérpretes, na referida TV foram: Paulo Celestino, Matinhos, Castrinho (Traquinho).

Furioso, Aldo Cabral escreveu a Castrinho, que preferiu calar-se e não respondeu à sua missiva.

Plágios como estes, voltariam a acontecer até mesmo depois de sua morte, em 1066. Nem sempre a família conseguiu espaço nos democráticos meios de comunicação. para fazer denúncia de que a obra de Nestor Tangerini estava sendo plagiada.

Neste livro, há uma crônica minha em que comento dois plágios sofridos pelo autor.

Do livro Perfil quase perdido, de Nelson Marzullo Tangerini,

Biblioteca Nacional, 2000.