R á d i o
CONFESSO que até me sinto meio tímido quando escrevo para este espaço. É que há no pedaço alguém que vive se achando o dono de tudo, o bambambã, se apoderando de todo o conhecimento e, o pior, dando a entender que pessoas sem cultura superior como é o meu caso, estariam, por assim dizer, indo a uma festa sem convite. Acho que é um direito o cara ser pernóstico e petulante, além de ridículo. A mim não atinge, mas fico pensando que outras pessoas podem se intimidar. Mas vou continuar porque presunção de capão suado não me intimida. Vamos à maltraçada.
Sempre gostei de ouvir rádio. Ainda hoje ouço, todo santo dia. Detalhe: como tenho zumbido nos ouvidos quando me deito para tentar dormir ligo o radinho de pilha e boto os fones de ouvido. Resultado durmo sem desligar o rádio. Gasto muita pilha.
Sim, eu sei quye a tevê, a Netflix, a internet e as redes reduziram a audiência das rádios. Mas ela continua. Juro. Ligo sempre na Nova Brasil e CBN, mas também no rádio tradicional da Jornal do Comércio, adoro os programas em que abrem o microfone para os ouvintes. Adoro as broncas deles.
O rádio tem uma vantagem, você enquanto ouve pode fazer outra coisa. Pode até ser que num futuro próximo ele deixe de existir, mas enquanto isso não acontece serei sempre um ouvinte assíduo.
Já fiz rádio, em Pesqueira. Fui durante anos e anos comentarista de uma rádio, escrevia o comentário do meio-dia e aos sábados, mesmo com a voz rouquenha comandava um programa de debates. Sempre me considerei mais radialista que bancário. Juro, Inté.