LOUCA E ANALFABETA
Ysolda Cabral
Muita gente anda querendo saber como tem sido o meu "isolamento social" por conta da Pandemia do Novo Coronavírus. Pois então lá vai...
Ando num corre-corre dentro de casa que nunca pensei ser possível. É um tal de limpa limpa e lava lava, sem fim. E, corro pra lá e corro pra cá que não sei como estou dando conta. Das 08 às 14h, minha dedicação é completa ao meu ''teletrabalho'', com raríssimas interrupções. Depois desse horário, aí vem a casa, a cozinha, a roupa que tem que lavar, algumas que nem podem ser colocadas na máquina, e a filha que, por ser muito alérgica, meus cuidados com ela são redobrados. Quando espirra um simples espirro por ter dado de cara com algum ácaro que se escondeu de mim, já boto as mãos na cabeça e corro pra junto dela para saber como está.
- Estou realmente ficando mais louca e pelo visto, também, analfabeta. Senão vejamos...
Hoje, o meu expediente, terminado há pouco, foi bem sofrido posto que, a cadeira do computador quebrou e fui de bunda no chão. Mais que depressa mandei uma mensagem para a gerente e lhe solicitei o envio da que sento lá no Crea-PE, há quase trinta anos, no que fui atendida de imediato. Assim que o funcionário chegou aqui em casa com a cadeira, fui fazer uma declaração de recebimento da mesma, em função de ser um bem móvel tombado, e, na descrição, empanquei. - Empanquei valendo!
Disse da marca da cadeira, que não tinha braços, que era giratória e que o assento estava um tanto quanto, (eu queria dizer danificado), contudo a palavra que me veio à mente cansada por tudo e pelo tombo foi rachaduras – olha eu me desculpando – só que me peguei sem saber escrever essa palavra. A princípio escrevi com J. - Ficou estranho!... Então o motorista, olhando para mim com a maior cara de incredulidade, disse baixinho, (logo ele que adora falar alto como o quê, né Daniel?) - '' É com CH, não é não?” - E, ficou quietinho esperando a minha resposta.
Eu respondi riscando a palavra com J e escrevendo com CH, mas no fundo considerando o X...
Logo, diante do acima exposto, pode concluir que o meu caso é grave. - No mais, estou bem obrigada!
Ando num corre-corre dentro de casa que nunca pensei ser possível. É um tal de limpa limpa e lava lava, sem fim. E, corro pra lá e corro pra cá que não sei como estou dando conta. Das 08 às 14h, minha dedicação é completa ao meu ''teletrabalho'', com raríssimas interrupções. Depois desse horário, aí vem a casa, a cozinha, a roupa que tem que lavar, algumas que nem podem ser colocadas na máquina, e a filha que, por ser muito alérgica, meus cuidados com ela são redobrados. Quando espirra um simples espirro por ter dado de cara com algum ácaro que se escondeu de mim, já boto as mãos na cabeça e corro pra junto dela para saber como está.
- Estou realmente ficando mais louca e pelo visto, também, analfabeta. Senão vejamos...
Hoje, o meu expediente, terminado há pouco, foi bem sofrido posto que, a cadeira do computador quebrou e fui de bunda no chão. Mais que depressa mandei uma mensagem para a gerente e lhe solicitei o envio da que sento lá no Crea-PE, há quase trinta anos, no que fui atendida de imediato. Assim que o funcionário chegou aqui em casa com a cadeira, fui fazer uma declaração de recebimento da mesma, em função de ser um bem móvel tombado, e, na descrição, empanquei. - Empanquei valendo!
Disse da marca da cadeira, que não tinha braços, que era giratória e que o assento estava um tanto quanto, (eu queria dizer danificado), contudo a palavra que me veio à mente cansada por tudo e pelo tombo foi rachaduras – olha eu me desculpando – só que me peguei sem saber escrever essa palavra. A princípio escrevi com J. - Ficou estranho!... Então o motorista, olhando para mim com a maior cara de incredulidade, disse baixinho, (logo ele que adora falar alto como o quê, né Daniel?) - '' É com CH, não é não?” - E, ficou quietinho esperando a minha resposta.
Eu respondi riscando a palavra com J e escrevendo com CH, mas no fundo considerando o X...
Logo, diante do acima exposto, pode concluir que o meu caso é grave. - No mais, estou bem obrigada!
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Comentário inteligente e bem humorado, de autor desconhecido, que o amigo conterrâneo, Poeta e Escritor, Nealdo Zaidan, me trouxe e que fiz questão de integrar a esta crônica. E o comentário diz assim:
🌿Temos que ficar em quarentena com calma, há pessoas que estão ficando loucas por estarem trancadas! Eu estava conversando sobre isso com o microondas e com a torradeira agora há pouco, enquanto tomava meu café, e nós três concordamos com isso. Não comento nada com a máquina de lavar porque ela distorce tudo. E muito menos com a geladeira pois sinto ela muito fria... Com a televisão nem pensar, ela fala demais. O ventilador? De jeito nenhum, ele espalha tudo pelos quatro cantos. Com a panela de pressão não posso. Ela fica nervosa e começa logo a suar. Passei longe do fogão. Ele tem quatro bocas e não é confiável. No final de tudo o ferro me acalmou dizendo que tudo vai passar...🌿
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Praia de Boa Viagem-PE
Em 15.04.2020
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor.