A IGNORÂNCIA HUMANA E A EDUCAÇÃO.

“Os homens nascem ignorantes, não estúpidos. Para torná-los estúpidos são necessários anos e anos de educação". Bertrand Russel.

Pergunto, qual educação? A que não educa. O ensino fundamental dispensado mal ensina a ler e a escrever. Muitos que leem não entendem o que leem, e escrevem impregnados de erros primaríssimos e disfunção absoluta da inteligência, déficit de entendimento quando dizem e contradizem. Isso é antigo, nada melhor do que um espaço público como esse para avaliar.

A contraditória Clarice Lispector, consegue ser realista e grandiosa quando põe na balança: “Eu nem entendo mais aquilo que entendo. Pois estou infinitamente maior que eu mesma, assim não me alcanço.”

Fica difícil entender quando a percepção mais simples resta chocada com a realidade.

E sentencia de forma surrealista, como é de seu perfil: “Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento.”

Relegar à realidade que não se muda o factual que se espalha, e viver, pois assim se vence o entendimento que não entende, é o alvo de sua filosofia.

Os extremos se tocam? Onde está a maior realidade?

Anos e anos que ultrapassam qualquer entendimento, de tudo, por viver, ou acabamos “estúpidos” por força da educação que não educou.Muitos escapam da estupidez.

Parece que a humanidade é “estúpida”, coisas simples como comer não foram resolvidas, milhares e milhares morrem de fome. Não era assim com o homem primitivo.

Na Somália, de um terço a morrer de fome, se caminha com desenvoltura para chegar à metade da população.

E nada tem êxito para resolver o problema do homem de viver distante das necessidades primárias e saciá-las, todas, emocionais e materiais. Definitivamente não foram resolvidas.

Ainda persistem a usura, a corrupção, a inveja, o egoísmo no campo emocional. E a fome encerra o ciclo de voragem humana de valores menores, materiais, mas necessários para viver, intransponíveis. É a guerra pelas proteínas.

E Bertrand Russel perguntou faz tempo: quem criou Deus? Pode-se responder, Deus, um indispensável e necessário Primeiro-Movimento.

Certa feita, Buda, em suas incursões a buscar a verdade, o “Darma”, foi interpelado por um ouvinte, que sentindo estar diante de um homem diferente do comum, perguntou-lhe: Você é um Deus? Buda silenciou. É um demônio? Continuou em silêncio. É um homem? E o Buda respondeu: Não.

Quem é você, então? E o Buda respondeu: Eu estou acordado.

Isto significa um “novo estado de consciência”.

É preciso estar acordado......

Agora mais do que nunca.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 15/04/2020
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